Defesa Civil de Porto Alegre intensifica monitoramento do nível do Guaíba

Os agentes estão fazendo visitas na região das Ilhas para verificar o nível do Guaíba, que está em nível alto, mas ainda fora da cota de inundação

Lago Guaíba. Foto: Joel Vargas/PMPA (arquivo)

A Defesa Civil de Porto Alegre intensificou o monitoramento do nível do Lago Guaíba nesta terça-feira (3). O receio é que as chuvas que atingiram o Norte e o Centro do Estado provoquem uma cheia que pode afetar a região do bairro Arquipélago.

Os agentes estão fazendo, no mínimo, duas visitas por dia na região das Ilhas e no local das réguas de medição para acompanhar elevação da água. “Sabendo que as cheias na região do Arquipélago muitas vezes são um reflexo das chuvas que caem no Rio Grande do Sul, reforçamos o monitoramento. Além disso, estamos em contato constante com a subprefeitura da Ilha da Pintada e preparados para atuar no caso de alagamento”, ressalta o coordenador da Defesa Civil, Evaldo Rodrigues.

Em caso de dúvidas e emergências, os moradores devem ligar para a Defesa Civil (telefone 199) ou Corpo de Bombeiros (193).

O acompanhamento deve continuar até o término das cheias na região Norte e Central do Estado e o escoamento total das chuvas que caíram nos rios Gravataí, Sinos, Caí e Jacuí.

Cheias são recorrentes em períodos de chuva

Os rios Gravataí, Sinos, Caí e Jacuí desembocam no Delta do Jacuí, formando o Lago Guaíba que banha os municípios de Porto Alegre, Eldorado do Sul, Guaíba, Barra do Ribeiro e Viamão. Por esse motivo, a chuva de forma intensa no Norte e Centro do Estado pode acarretar cheia nas regiões das Ilhas, mesmo quando não há precipitação na Capital.

Nos últimos anos, houve registro de cheias nos anos de 2015, 2016, 2017 e em 2020. A cota de enchente no Guaíba acontece quando as águas atingem 2,10 metros no Cais Mauá. Segundo dados da estação automática da SEMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente), o nível do Guaíba estava em 1,51 metro às 15h15 da tarde desta terça-feira (3).

Na área central, o Guaíba só transborda se alcançar os três metros acima de seu nível, o que não acontece desde 1941. Em 2015, o pico foi acima de 2,90 metros. A situação de emergência durou 18 dias e mais de 150 pessoas ficaram abrigadas no Ginásio Tesourinha.