D’Ale se despede do Internacional com vitória sobre o Palmeiras no Brasileiro

Na última apresentação de Andrés Nicolas D’Alessandro, 39 anos, com a camisa do Internacional no estádio Beira-Rio, o colorado venceu o Palmeiras por 2 a 0 e voltou à briga pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro. Doze anos depois de sua chegada a Porto Alegre, D’Ale viu do banco a equipe gaúcha abrir vantagem no marcador e entrou no fim para coroar uma despedida repleta de homenagens.

O jogo não começou lá essas coisas. No decorrer do primeiro tempo, o Palmeiras tinha mais a bola, mas nada de efetivo criava. O Inter assustava mais. E logo aos 10 minutos – logo o número do ídolo – abriria o placar. Moisés cobrou escanteio da esquerda e Rodrigo Dourado cabeceou. O goleiro Weverton espalmou e, no rebote, Edenílson chutou para o gol. Nesse exato momento, os 10 minutos, a torcida do Inter soltava fogos para “El Cabezón” do lado de fora do estádio.

Na segunda etapa, o Palmeiras se obrigou a vir para o ataque. Depois de um primeiro tempo em que bateu mais do que jogou, fazendo 15 faltas contra 8 do Inter, o verdão aumentou a posse de bola. No entanto, a falta de criatividade imperava. A melhor chance da equipe paulista foi aos 21 em uma jogada em que Victor Cuesta afastou um cruzamento com um carrinho e acabou acertando a trave de Marcelo Lomba.

O segundo gol do colorado sairia em uma escapada. Em um momento que não seria absurdo um gol do verdão, Edenílson dominou uma bola no campo de defesa e, com a defesa do Palmeiras voltando, encontrou o jovem Yuri Alberto. Ele dominou perto do meio de campo e arrancou na direção da área. Quando Weverton saiu, o centroavante de 19 anos, com muito jeito, tocou de cavadinha sobre o goleiro do alviverde.

Era o momento de por D’Alessandro. Abel Braga já havia colocado Marcos Guilherme e Rodrigo Lindoso, deixando, com certeza, boa parte da torcida impaciente para a entrada do ídolo argentino. Agora, aos 40, era a hora do gringo. Ele entrou no lugar de Patrick e recebeu aplausos e reverências. E ainda teve tempo de disputar algumas jogadas. Mas foi só.

Após o jogo, foi abraçado e jogado para cima pelos companheiros. Recebeu homenagens da família. Ouviu mensagens de amigos e antigos companheiros no telão e falou ao microfone, agradecendo às homenagens. É, sem dúvida, o fim de uma das mais belas histórias que a torcida colorada já presenciou em sua longa trajetória de conquistas.