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Crônica Inter 4 x 0 Juventude: o Gigante dono de seu destino

Guiado por um jovem volante americano, bem ao estilo herói de hollywood, o Inter seguiu a jornada contra sua terrível sina. Noite também foi de redenção de Edenilson no Beira-Rio

Em 2022, Inter e Juventude têm, cada um, sinas em suas trajetórias. O Colorado, após derrotar o Avaí, luta para manter distante a máxima de que seu poderio se evanesce diante de equipes de menor expressão. Já o Ju, já teve seu descenso para a Série B decretado. O “Juvenal” desta segunda-feira (29), então, colocou em rota de colisão dois destinos invariavelmente trágicos.

Quem vencesse nesta noite no Beira-Rio, ao mesmo tempo, confirmaria uma regra e subverteria outra. Um time sendo a pedra que obstrui ou que desvia o caminho adversário, recriando a estrada com rotas sinuosas e provando que contra o destino brinca o acaso dos encontros. Só um empate confirmaria ambos os desígnios.

No caso do Inter, ainda havia uma sina correlata. A dificuldade da equipe de criar contra times que se fecham, sobretudo quando a bola chega na parte final da zona de ataque. E o Colorado se propôs a isso nos primeiros minutos. O Inter rondava a área jaconera, enquanto o Juventude ousava nos contragolpes.

Mas, com o tempo, a resistência da equipe de Caxias do Sul foi arrefecendo. Aos 16, Wanderson chutou de fora da área e Pegorari espalmou para escanteio. Aos 26, Maurício chutou perto do gol. O Inter empurrava o Juventude para seu campo defensivo. Até que aos 37, após cobrança de escanteio, Johnny cabeceou para as redes do Juventude.

E o Inter não parou. Antes ainda do fim do primeiro tempo, Maurício perdeu boa chance. Depois, o juiz foi ao VAR e marcou pênalti em Alemão. De Pena bateu e parou no goleiro, mas, no rebote, Wanderson chutou e ampliou a vantagem vermelha. A situação parecia, então, se encaminhar para o Colorado.

O segundo tempo começou e Johnny apareceu, de novo de cabeça, para transformar o resultado em goleada. Três a zero. Assim, guiado por um jovem volante americano, bem ao estilo herói de hollywood, o Inter seguia a jornada contra sua terrível sina.

O retorno do exilado

Aos 22, Johnny, o herói, sentiu lesão e foi substituído por Edenilson. Na mesma parada, Alan Patrick entrou no lugar de Maurício. O “Ed” entrou com um misto de vaias e aplausos. E agora, encerrada a jornada da sina, era esse capítulo da novela colorada que ganhava ênfase.

Antes de Edenilson aparecer, houve alguns acontecimentos não tão importantes. Aos 26, um gol de Vitão foi anulado. O Inter ainda perdeu algumas chances. Também vieram Pedro Henrique e Taison nos lugares de Wanderson e De Pena.

Até que o “Ed” sofreu um pênalti. E pediu para bater. Ele foi para a bola, fez o gol, beijou a camisa e foi acolhido pelos companheiros. A noite no Beira-Rio também foi de redenção e de volta para casa.

Situação e próximo jogo

Agora o Inter tem 42 pontos e aguarda o resultado da partida do Corinthians, também nesta segunda-feira, para saber se fica na quarta ou na quinta colocação. E o próximo jogo do Inter é justamente contra o Corinthians. O Colorado enfrenta o Timão no domingo, às 16h, na Neo Química Arena.

Já o Juventude, segue na lanterna da competição, com 17 pontos. O próximo jogo dos jaconeros é contra o Avaí, no sábado, no Alfredo Jaconi. A partida será realizada às 16h.

Escalações

Inter

Daniel; Bustos, Vitão, Mercado e Renê; Gabriel, De Pena (Taison); Johnny (Edenilson), Mauricio (Alan Patrick) e Wanderson (Pedro Henrique); Alemão (Braian Romero) –4-5-1Técnico: Sidnei Lobo (interino)

Juventude

Pegorari; Rodrigo Soares, Nogueira, Paulo Miranda e Moraes; Elton (Pará), Jadson (Rafinha); Paulo Henrique (Parede), Bruno Nazário (Chico Kim) e Felipe Pires (Óscar Ruiz); Isidro Pitta –4-2-3-1Técnico: Umberto Louzer

Arbitragem

Árbitro: Bruno Arleu de Araujo (RJ),
Auxiliar: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ)
Auxiliar: Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
VAR: Wagner Reway (PB).