Foi confirmada, nesta quinta-feira (16), a primeira morte por dengue em 2023 no Rio Grande do Sul. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. No ano passado, o RS registrou os maiores índices da doença em toda sua série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones, outros 11 mil casos importados (quando o contágio ocorre fora do Estado) e 66 óbitos em virtude da dengue.
A vítima é uma mulher, de 49 anos, residente do município de Bento Gonçalves. A paciente tinha histórico de hipertensão arterial e teve os primeiros sintomas em 9 de março, com febre, mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça), náuseas, vômitos, dor abdominal, inapetência (falta de apetite) e dispneia (sensação de falta de ar).
A mulher foi internada na terça-feira (14) e veio a falecer na quarta (15). O resultado do exame, feito pelo Lacen (Laboratório Central) para a doença saiu hoje.
O cenário da doença no Rio Grande do Sul é de atenção. Já foram confirmados 873 casos autóctones no Rio Grande do Sul. Ou seja: as pessoas pegaram dengue dentro do território gaúcho.
Sobre a dengue
A dengue é uma doença febril causada por um vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira). Os sinais podem se agravar, ocasionando o extravasamento de plasma ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e à morte.
Ao apresentar sintomas, a pessoa deve procurar um serviço de saúde, ingerir bastante água e evitar uso de medicamentos por conta própria. O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são importantes: repousar; passar repelente corporal (para evitar que um mosquito se infecte); utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (a fim de diminuir as áreas disponíveis para o mosquito se alimentar); e utilizar mosquiteiro, principalmente com pessoas acamadas.
O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração as questões clínicas (sintomas) e epidemiológicas – como, por exemplo, se o local de moradia ou trabalho é infestado pelo mosquito e se existem outras pessoas com dengue na região.
Os exames laboratoriais são auxiliares na investigação, e não é necessário saber o resultado para iniciar o tratamento. Para essas suspeitas, podem ser realizados exames de laboratório inespecíficos (como hemograma com contagem de plaquetas) e específicos (que pesquisam a presença do vírus no corpo ou, então, anticorpos que reagiram à presença do vírus).
Prevenção
A principal forma de evitar a doença é a eliminação dos potenciais criadouros do Aedes aegypti. O inseto se reproduz em locais com água parada, por isso, algumas das principais recomendações previstas são:
- eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas;
- manter caixas d’água tampadas;
- colocar tela nos ralos de água da chuva;
- secar pneus e protegê-los da chuva;
- limpar calhas da residência;
- escovar os pratos e trocar a água dos animais de estimação (uma vez por semana);
- manter piscinas limpas e com água tratada.