Cesta básica de Porto Alegre é a segunda mais cara entre as capitais, aponta Dieese

Dados constam na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, publicada mensalmente.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou nesta terça-feira (6) o valor da cesta nas capitais Brasileiras no mês de agosto. Os dados constam na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, publicada mensalmente.

Por um lado, o resultado foi positivo, pois o preço do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 16 das 17 capitais brasileiras. Porém, Porto Alegre aparece como a segunda capital do País em que a cesta é mais cara, ficando atrás de São Paulo, apenas.

Na capital gaúcha, ainda que tenha sido registrada redução de 0,63%, a cesta básica foi avaliada em R$ 748,06. Isso significa que, para comprar todos os itens da cesta, o porto alegrense precisa comprometer 66,73% de um salário mínimo líquido.

E em uma análise de tempo mais longo, a situação segue não sendo boa. A variação do ano no preço da cesta básica em Porto Alegre é de 9,54%, e a dos últimos 12 meses de 12,55 %.

Uma redução expressiva em Porto Alegre foi a do quilo da batata, que caiu 18,65%. Já um item que subiu na Capital gaúcha foi o tomate, com alta de 2,56%.

Salário abaixo do necessário

Juntamente com o valor da cesta básica, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário para cada trabalhador. O levantamento leva em conta a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele.

Assim, em agosto de 2022, segundo o Departamento, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.298,91, ou 5,20 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em julho, o valor necessário era de R$ 6.388,55, ou 5,27 vezes o piso mínimo.