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Campanha: Beira-Rio é iluminado em alusão ao Dia Mundial da Trombose

Parceiro do Dia Mundial da Trombose, o Beira-Rio está contribuindo com a campanha por meio da iluminação do estádio.

Foto: Fernando de Arruda Pereira/Agora RS

 

Treze de outubro é o Dia Mundial da Trombose, data que integra a campanha de conscientização liderada em âmbito global pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, e no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH).

A efeméride visa aumentar a consciência entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor, da doença responsável por uma em cada quatro mortes em todo o mundo, de acordo com a ISTH.

Parceiro do Dia Mundial da Trombose, o Beira-Rio está contribuindo com a campanha por meio da iluminação do estádio, na noite desta quinta-feira, com as cores da data. T

A trombose é uma doença considerada bastante comum, porém grave. Ela pode ser arterial, quando ocorre formação de coágulos (trombos) nas artérias que levam o sangue do coração aos tecidos e órgãos, ou venosa, quando ocorre nas veias que trazem o sangue dos tecidos para o coração.

A melhor forma de prevenção da doença passa por conhecer os sinais e sintomas, que incluem inchaços, vermelhidão ou descoloração perceptível e dor ou sensibilidade, muitas vezes começando pela panturrilha; e procurar um profissional de saúde sempre que necessário.

“Na arterial, há uma maior gravidade, pois interrompe a oxigenação para o tecido, como no caso de um infarto ou derrame (AVC). Já na venosa, a obstrução está mais relacionada à obstrução do retorno venoso, ao inchaço que fica nesse local e à possibilidade de que um pedaço desse coágulo se desprenda da veia e possa causar embolia pulmonar. Isso porque antes de retornar ao coração, o sangue passa por um filtro muito importante que é o pulmão”, explica Erich de Paula, médico hematologista, membro da SBTH.

Segundo o especialista e um dos porta-vozes do Dia Mundial da Trombose, no Brasil, a chegada de um trombo à circulação pulmonar pode comprometer a função de oxigenação do sangue, podendo ser fatal ao paciente.

O termo tromboembolismo venoso engloba a trombose venosa localizada na perna, que chamamos de trombose venosa profunda ou a embolia pulmonar.

Fatores de risco

Os fatores de risco para tromboembolismo venoso, um dos focos da campanha deste ano do Dia Mundial da Trombose, juntamente com a trombose hospitalar, são imobilização prolongada em internações e viagens com mais de 4 a 6 horas, câncer, doenças inflamatórias, cirurgias e algumas alterações genéticas.

O tabagismo e a obesidade também são outros fatores que aumentam o risco de tromboembolismo venoso .

“Ainda há o uso de hormônios estrógenos em geral pelas mulheres por meio de anticoncepcionais. Em mulheres trans (identificadas no nascimento como do sexo masculino e que fazem a transição para o feminino), o uso de estrógenos leva a um aumento no risco de trombose venosa. Importante destacar que, de longe, a principal causa de TEV são as internações hospitalares, em particular devido à imobilização. Por isso, para preservar a vida da pessoa com trombose, o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes”, pontua o médico.

O tratamento de tromboembolismo venoso é realizado mediante medicações anticoagulantes para impedir a progressão e migração do trombo. Em casos nos quais os anticoagulantes sejam contraindicados, por risco aumentado de sangramento, pode-se usar um dispositivo chamado filtro de veia cava que impede a migração do trombo para o pulmão ou outras regiões.

Em casos graves, em que há risco de vida ou de perda do membro, pode-se utilizar medicações que dissolvem o trombo, intervenção por meio de cateterismo ou até mesmo cirurgias.

Sobre o Dia Mundial da Trombose

No dia 13 de outubro é lembrado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo a conscientização sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor.

No entanto, devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. Em âmbito global, a campanha desta enfermidade é liderada pela SITH e, no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a SBTH.