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Câmara e Senado escolhem seus presidentes nesta segunda-feira

Enquanto a votação dos deputados começa às 19h, os senadores começam o processo de eleição às 14h.

A Câmara dos Deputados e o Senado elegem, nesta segunda-feira (1º), seus novos líderes no dia da volta dos parlamentares ao trabalho após cerca de um mês de férias. Enquanto a votação dos deputados começa às 19h, os senadores começam o processo de eleição às 14h.

A disputa eleitoral deu o tom nas últimas semanas, com a ação forte do governo de Jair Bolsonaro, especialmente, na Câmara. O mandatário apoiou explicitamente Arthur Lira (PP-AL), que conta ainda com o apoio do chamado “Centrão”, além de liberar cerca de R$ 3 bilhões em emendas. Bolsonaro também exonerou dois ministros temporariamente – Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadadania) para votarem em Lira.

O outro forte candidato é Baleia Rossi (MDB-SP), que tem como principal fiador o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em uma candidatura que uniu até mesmo alguns partidos de esquerda – que buscam impedir que Bolsonaro tenha um aliado na Presidência da Câmara.

No entanto, o próprio Democratas de Maia anunciou neste domingo (31) que não ia indicar voto em bloco em Rossi e que os deputados estariam livres para optar.

As candidaturas para o cargo poderão ser registradas até às 17h desta segunda e, até o momento, além de Lira e Rossi, estão na disputa os deputados Luiza Erundina (PSOL-SP), Alexandre Frota (PSDB-SP), General Peternelli (PSL-SP), Fábio Ramalho (MDB-MG), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e André Janones (Avante-MG).

Para ser eleito, o vencedor precisará obter a maioria absoluta no primeiro turno (metade dos votos + 1) ou maioria simples no segundo turno. Ao todo, são 513 deputados votando.

Senado

A disputa no Senado está mais “tranquila” do que na Câmara e, ao que tudo indica, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) deve ser eleito. O senador é apoiado por Bolsonaro, mas também por partidos da oposição.

A “rival” com mais chances na disputa é a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Porém, a própria sigla não endossou a candidatura e liberou seus correligionários para votarem em quem quiserem. Também concorrem ao cargo Lasier Martins (Podemos-RS), Major Olímpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

A votação dos senadores é um pouco diferente da Câmara, com a primeira eleição do presidente (também por maioria absoluta em 1º turno e simples no 2º). Após a escolha do vencedor, é feito novo pleito para compor a Mesa Diretora. São ao todo 80 senadores.

Por conta da pandemia de Covid-19, a votação presencial e obrigatória será um pouco diferente. Haverá urnas no plenário e nos salões Verde e Nobre para evitar aglomerações e também através do sistema “drive thru”. A votação, que é feita por cédulas, será secreta.