Foi divulgado, nesta segunda-feira (25), pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras o ranking mundial de liberdade de imprensa em 2020.
O levantamento, que coloca o Brasil na 107ª posição da classificação, também apura ataques à imprensa feitos por autoridades públicas.
O país registrou 580 ações desse tipo no ano passado. A FENAERT (Federação Nacional da Empresas de Rádio e Televisão) salienta a importância do balanço e lamenta os ataques aos jornalistas e veículos de comunicação, e reitera que a imprensa é fundamental para manutenção da democracia.
“O direito à informação é básico em qualquer sociedade. O jornalismo é, portanto, um serviço essencial e de interesse público. Defender os veículos de imprensa e os profissionais que nele atuam é um ato necessário, especialmente no contexto atual. Ataques vindos de autoridades públicas são atos deploráveis, especialmente porque a informação e democracia caminham lado a lado” pontua o presidente da FENAERT, Guliver Leão.
Em relação a 2019, o Brasil caiu duas posições no ranking. Noruega, Finlândia e Dinamarca ocupam as três primeiras posições.
O balanço divulgado pela ONG também apontou que o presidente Jair Bolsonaro e os filhos fizeram, ao todo, 469 ataques a jornalistas e veículos de imprensa em 2020.
Segundo o levantamento, atos desse tipo também foram registrados partindo de 11 dos 22 ministros do governo federal.