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Após obras, porto de Rio Grande poderá receber os maiores navios do mundo

Agora, o principal porto gaúcho poderá receber navios de maior porte, até 366 metros de comprimento.

Depois de dois anos de obras de dragagem, o principal porto gaúcho poderá receber embarcações de até 366 metros de comprimento – tamanho dos maiores navios do mundo.

Em cerimônia transmitida pelas redes sociais, foi homologado nesta segunda-feira (26) o novo calado do porto do Rio Grande.

O evento contou com a presença do governador Eduardo Leite, do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e de outras autoridades.

Para a criação do novo calado que passou de 12,8 para 15 metros foi necessário a remoção de 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos do canal de acesso. A profundidade, que era de 14,2, agora passou para 16,5 metros.

“Com a conjugação de esforços dos governos federal e estadual, além dos empreendedores, e puxando numa mesma direção, foi possível melhorar a logística e gerar ganhos de competitividade pela maior capacidade de carga dos navios, reduzindo custos para quem utiliza o porto do Rio Grande e, consequentemente, colaborando para o desenvolvimento de todo o Estado”, destacou o governador.

Permanente 

Leite afirmou, ainda, que a atual gestão está comprometida a atender a uma demanda histórica de investidores: tornar a dragagem do porto permanente.

“Já estamos trabalhando para evitar que aconteça o assoreamento do canal, regredindo na capacidade de cargas, para então gastar centenas de milhões de reais para recuperar o calado. Estamos montando um termo de referência para que, no primeiro semestre do ano que vem, possamos começar a fazer um investimento de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões anuais em dragagem no porto, garantindo permanentemente as cargas dos navios que chegam e saem do nosso RS”, afirmou o governador.

Histórico do novo calado

O contrato original da dragagem foi assinado em julho de 2015 pela União e, a partir daí, mobilizou o governo do Estado, a então Secretaria dos Transportes e a antiga SUPRG (Superintendência do Porto do Rio Grande) para a obtenção da licença do Ibama.

Um grupo de trabalho foi criado para atender aos critérios técnicos e ambientais. O apoio da Marinha do Brasil foi fundamental ao longo do processo.

O consórcio vencedor da disputa para realizar o serviço foi formado pelas empresas Jan de Nul do Brasil e Dragabrás, que fecharam na época o acordo por R$ 368,6 milhões.

Durante o processo, houve judicialização, e o período de obra parada gerou um aumento significativo no custo da obra. Ao final, com todos os aditivos realizados, totalizou R$ 500 milhões de recursos do governo federal.

A obra iniciou-se em agosto de 2018 e, desde então, foram removidos mais de 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos do canal de acesso.