Animal ameaçado de extinção é visto pela primeira vez no RS

O registro do animal raro no Rio Grande do Sul foi feito no Parque Estadual do Turvo, localizado no município de Derrubadas, na região Norte do Estado.

Pela primeira vez na história, espécie Cachorro-vinagre é vista no Estado. Foto: Ademir Fick/Divulgação

O Parque Estadual do Turvo, localizado no município de Derrubadas, na região Norte do Estado do Rio Grande do Sul, realizou um registro inédito. Pela primeira vez na história, um animal da espécie Cachorro-vinagre (Speothos venaticus) foi visto no Estado.

De acordo com o gestor do parque, Rafael Diel Schenkel, essa espécie, difícil de ser observada em campo, é considerada rara e ameaçada de extinção.

O registro foi realizado durante uma atividade de monitoramento de fauna. Dois indivíduos da espécie foram avistados e fotografados pelo biólogo e guarda-parque, Anderson Cristiano Hendgen, e o estagiário, Ademir Fick.

A espécie não consta na lista de mamíferos do Rio Grande do Sul. E não havia informações atuais ou históricas sobre sua ocorrência no Estado, o que torna o registro do animal motivo de comemoração pelos pesquisadores. Pelo menos até então.

“O registro confirma a importância do parque e ressalta a necessidade de conservação de áreas de proteção, para que seja possível a manutenção de espécies de fauna, o que também possibilita descobertas relevantes como esta. Dessa forma, podemos ver o principal objetivo do parque, a proteção da biodiversidade, sendo cumprido”, enfatizou Schenkel.

O Parque Estadual do Turvo é o maior e mais representativo fragmento de Mata Atlântica do Rio Grande do Sul. O parque é uma  das Unidades de Conservação administradas pela Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura).

Cachorro-vinagre

O Cachorro-vinagre – um tipo de cachorro do mato – possui pequenas orelhas arredondadas, pernas e cauda curtas e coloração marrom. A dieta do animal é exclusivamente carnívora. A espécie é considerada predominantemente florestal, ou seja, não costuma viver próximo de áreas urbanas.

Na Mata Atlântica, os únicos registros são dos estados de São Paulo e do Paraná. As principais ameaças à espécie são a perda e a degradação de habitat causada por desmatamento, adensamento humano e doenças, como a raiva.