O processo de migração da antena tradicional para o modelo digital chegou à Região Metropolitana de Porto Alegre.
A Siga Antenado, entidade não governamental criada por determinação da Anatel, é a responsável pela operação, que tem a missão de informar a população que assiste TV aberta pela parabólica sobre o que precisa fazer para não perder o sinal de televisão.
Também é função da entidade a instalação de kits gratuitos com a novo equipamento digital na residência de famílias inscritas em programas sociais do Governo Federal e que tenham a parabólica antiga instalada e em funcionamento.
A mudança é necessária porque as parabólicas tradicionais deixarão de funcionar. No futuro, quando as operadoras de telefonia ativarem a tecnologia 5G em todo seu potencial na região, o sinal de TV das parabólicas tradicionais poderá sofrer interferências e ter o sinal interrompido.
Isso vai acontecer porque o 5G opera na mesma frequência da parabólica tradicional, a Banda C. Mais de 60 emissoras de TV que transmitem sua programação pela Banda C já migraram para a nova parabólica digital, a Banda Ku.
De acordo com Leandro Guerra, presidente da Siga Antenado, a nova parabólica digital tem melhor qualidade de imagem, de som, programação regional e vai continuar sendo gratuita.
“É muito importante que as pessoas procurem nossos canais de atendimento o quanto antes para saber se têm direito ao kit gratuito e o que precisam fazer para migrar para a nova tecnologia”, afirma Guerra.
As famílias que utilizam outros sistemas de recepção para assistir televisão, como antena digital espinha de peixe (instalada no alto da casa), antena digital interna ou TV por assinatura não precisam se preocupar, pois não haverá qualquer mudança em seus equipamentos.
Serviço
Para verificar se tem direito ao kit gratuito, a população deve acessar o site ou ligar gratuitamente para 0800 729 2404, com o CPF ou NIS em mãos.
A entidade prevê a instalação de aproximadamente 13,6 mil kits gratuitos com a nova parabólica digital para famílias de baixa renda da Região Metropolitana. Canoas e Porto Alegre são as cidades com maior número de famílias que devem ser atendidas, com 1,5 mil kits previstos para cada uma dessas localidades.
Na sequência, estão: Gravataí (1,2 mil), Novo Hamburgo (1,2 mil), Viamão (1,1 mil), São Leopoldo (1 mil) e Alvorada (898). Na lista, estão, ainda, mais 27 municípios.