OPERAÇÃO CONTRAGOLPE

PF faz operação contra militares que planejaram golpe de Estado

Conforme a PF, investigados planejavam uma ação para matar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do seu vice, Geraldo Alckmin.

Fachada do Prédio da Polícia Federal em Brasília. Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Fachada do Prédio da Polícia Federal em Brasília. Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, para desarticular uma organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado. O grupo para impedir a posse do governo eleito nas eleições de 2022 e, também, restringir o funcionamento do Poder Judiciário.

As investigações revelaram que a organização utilizou “elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022“. Os principais envolvidos são militares com formação em Forças Especiais, especializados em operações avançadas.

Até o momento, cinco envolvidos estão presos. Quatro deles são quatro militares, sendo um general da reserva. As medidas foram cumpridas no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. O Exército acompanha as diligências.

Ações da Operação Contragolpe

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, além de 15 medidas cautelares. Essas incluem:

  • Proibição de contato entre investigados.
  • Proibição de saída do país e entrega de passaportes em até 24 horas.
  • Suspensão de funções públicas dos envolvidos

Plano “Punhal Verde e Amarelo

Durante as investigações, descobriu-se um planejamento chamado “Punhal Verde e Amarelo“, que seria executado em 15 de dezembro de 2022. O plano incluía o homicídio do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice, Geraldo Alckmin; e a prisão e execução do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que estava sob monitoramento.

Além disso, o grupo planejava criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar os conflitos que surgiriam após as ações. O esquema detalhava recursos humanos e bélicos necessários, “com a aplicação de técnicas militares avançadas”, conforme a PF.

Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.