Eleições

PF investiga prática de crimes eleitorais em Santana do Livramento

Três mandados busca e apreensão foram cumpridos contra um candidato a vereador. Há suspeita de financiamento ilegal e "Caixa 2" na campanha.

Crédito: Polícia Federal / Divulgação
Crédito: Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (3), uma operação contra prática de crimes eleitorais em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste. Há suspeita de corrupção e falsidade ideológica no âmbito eleitoral, atividade conhecida como “Caixa 2”.

Houve cumprimento de três mandados busca e apreensão contra um candidato a vereador do município. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 30ª Zona Eleitoral. O nome do candidato investigado não se tornou público.

Um dos mandados teve cumprimento na residência e outro no comitê do candidato investigado. O terceiro ocorreu em posto de combustível. O objetivo era apreender notas fiscais, vale combustível, dinheiro em espécie, aparelhos celulares e outros documentos.

A investigação teve início a partir de denúncia que o candidato a vereador de Santana do Livramento fez doações a moradores em troca de votos. O relato aponta que o indivídio receberia financiamento de integrantes do crime organizado, com recursos provenientes do contrabando.

Durante a investigação, os policiais federais identificaram “atuação ativa e permanente de indivíduos com vasto histórico criminal na campanha do candidato”. Conforme a Polícia Federal, há indícios de doações em dinheiro desses indivíduos para a campanha.

Suspeita de compra de votos

No último domingo (29), policiais federais registraram uma grande distribuição de combustível por meio de vale emitido pelo então candidato. A Justiça Eleitoral, no entanto, não recebeu aviso de carreata para a referida data.

A Polícia Federal relata que há indícios que o custeio do combustível tenha origem em “contabilidade paralela de campanha, com provável origem de práticas delitivas”.

Portanto, a partir da investigação, a Justiça Eleitoral determinou o compartilhamento dos dados com o Ministério Público Eleitoral. O indivíduo segue sendo investigado por possível abuso de poder econômico.

Caso as irregularidades sejam comprovadas, pode ocorrer a cassação do registro do candidato.