CASO ILZA DUARTE

Tribunal do Júri absolve acusados pela morte de idosa no Centro Histórico de Porto Alegre

Após julgamento de dois dias, réus foram absolvidos no caso de homicídio de idosa em Porto Alegre.

Crime ocorreu em 2008, no Centro de Porto Alegre. Crédito: reprodução de vídeo / RBS TV
Crime ocorreu em 2008, no Centro de Porto Alegre. Crédito: reprodução de vídeo / RBS TV

O Tribunal do Júri da Comarca de Porto Alegre absolveu, nesta quinta-feira (7), os acusados de envolvimento no homicídio qualificado de Ilza Lima Duarte, ocorrido em 2008 no Centro Histórico da Capital. A decisão ocorreu após julgamento iniciado na quarta-feira (6) no Foro Central I da Capital, presidido pela juíza Eveline Radaelli Buffon, titular do 1º Juizado da 2ª Vara do Júri.

Após 22 horas e meia de sessão, o Conselho de Sentença — formado por quatro homens e três mulheres — decidiu pela absolvição dos réus do crime de homicídio qualificado. Além disso, a magistrada também declarou extinta a punibilidade pelo delito de fraude processual. Esta decisão ocorreu em razão da prescrição da pretensão punitiva.

Durante o julgamento, houve a oitiva de nove testemunhas de defesa e os próprios réus. A acusação pediu absolvição por falta de provas sobre a autoria do crime, mesma linha defendida pela defesa, que negou a participação de seus clientes. O Ministério Público foi representado pelo promotor Rafael Russomanno Gonçalves, e a defesa pelos advogados Jader da Silveira Marques e Casseano Barbosa.

O caso

Ilza foi encontrada morta em seu apartamento na avenida Borges de Medeiros, em Porto Alegre. Conforme a denúncia do Ministério Público, o casal acusado teria planejado o crime para antecipar o recebimento da herança, já que era beneficiário no testamento. Inicialmente tratado como morte natural, o caso passou a ser investigado como homicídio quase um ano depois.

A decisão de levar o caso a júri popular foi tomada em dezembro de 2012, pelo então juiz Felipe Keunecke de Oliveira, e confirmada pelo Tribunal de Justiça. Em 2019, três dos cinco acusados foram a julgamento. Um foi condenado, e dois foram absolvidos.