Xangri-lá - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quinta-feira (6), a Operação Aggio, com o objetivo de combater crimes de extorsão, agiotagem e associação criminosa. A ação ocorreu nas cidades de Porto Alegre e Cachoeirinha e resultou na prisão de três pessoas.
Conforme a investigação, a vítima era proprietária de uma imobiliária em Xangri-lá, no Litoral Norte do RS. Em 2023, enfrentando dificuldades financeiras, ela contraiu um empréstimo de R$ 300 mil com um agiota. No final de 2024, já havia pago mais do que o dobro do valor emprestado, totalizando mais de R$ 600 mil.
Diante da cobrança abusiva, a empresária decidiu interromper os pagamentos. O agiota, que já havia contratado um advogado para intermediar a dívida, passou a ameaçá-la e a constrangê-la.
Posteriormente, um terceiro envolvido, identificado como policial militar, chegou a ir até o estabelecimento e exigiu mais R$ 250 mil. Além das ameaças diretas, ele enviava mensagens de texto, áudios e vídeos intimidatórios.
Na madrugada do dia 24 de novembro de 2024, o imóvel da vítima foi atingido por disparos de arma de fogo. De acordo com a polícia, essa situação forçou a empresária a abandonar o negócio e buscar nova atividade econômica.
Após denúncias, a Polícia Civil identificou os envolvidos e cumpriu três mandados de prisão temporária e três de busca e apreensão.
PM atirou contra celular
O policial investigado estava afastado por investigação da Corregedoria da Brigada Militar desde 2019, por prática similar ocorrida em Alvorada. Conforme a polícia, o agente deu três tiros contra o próprio celular para tentar impedir a análise dos dados do aparelho.
A perícia vai recuperar os dados do telefone com a recuperação do chip de memória do dispositivo, apesar dos danos causados no aparelho.
A Corregedoria não se manifestou sobre a prisão do policial militar. O espaço está aberto para manifestação.