OPERAÇÃO XERXES 2

Polícia prende membros de quadrilha que extorquia moradores e comerciantes em Viamão

Organização criminosa ameaçava moradores da Vila Chácara da Figueira, em Viamão. Localidade tem cerca de 600 lotes habitacionais.

Veículo da Polícia Civil estacionado em uma rua, com um policial em uniforme tático, observando o ambiente ao redor.
Segunda fase da Operação Xerxes, em Viamão. Crédito: Polícia Civil / Divulgação

A Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Xerxes, que investiga uma organização criminosa que ameaçava moradores da Vila Chácara da Figueira, em Viamão. Até o último balanço, cinco criminosos estavam presos.

Na ação de hoje, os policiais cumpriram 19 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e mandados de prisão. O objetivo, conforme a Polícia Civil, é reprimir a prática de extorsões e organização criminosa. A ação é da DRLD (Delegacia de Polícia de Repressão à Lavagem de Dinheiro) do Deic.

Conforme o delegado João Vitor Herédia, a investigação teve início no final do ano de 2021, a partir de diversas denúncias anônimas. Os relatos apontavam para uma organização criminosa que fazia extorsão de moradores da comunidade Vila Chácara da Figueira. A região tem cerca de 600 lotes.

“Quem não realizasse os pagamentos era violentamente expulso da localidade, mediante agressões, ameaças à vida e utilização de armas de fogo”, destaca o delegado. Os indivíduos também eram responsáveis pelo tráfico de drogas e a lavagem do dinheiro obtidos com as extorsões.

Crime reincidente

A primeira fase da operação apontou que cada um dos moradores era compelido a pagar uma mensalidade a uma “associação comunitária”, criada pelos criminosos. Aquele que não cumpria era ameaçado, agredido e expulso da comunidade.

No entanto, apesar da ação policial, o delegado Herédia aponta que os delitos investigados continuaram. A retomada ocorreu após a soltura de diversos dos investigados.

“As ‘lideranças’ criminosas enviavam ordens de dentro do presídio, mantendo o controle da comunidade ativo, bem como a prática de violência e o domínio territorial. Após a soltura, suas atividades se intensificaram”, explica o policial.