![Imagem mostrando uma moto vermelha em primeiro plano e um veículo SUV branco ao fundo, relacionada à Operação Kairós que investiga esquema de pirâmide financeira. Imagem mostrando uma moto vermelha em primeiro plano e um veículo SUV branco ao fundo, relacionada à Operação Kairós que investiga esquema de pirâmide financeira.](https://uploads.agorars.com/2025/02/xzhKUFvG-apreensao-operacao-kairos-piramide-financeira.webp)
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta terça-feira (11), a Operação Kairós, que desarticulou um esquema de pirâmide financeira com prejuízos milionários para investidores. A ação teve condução da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) de Carazinho e cumpriu oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Carazinho e Canela.
Durante a operação, os agentes apreenderam seis veículos de alto valor, avaliados em cerca de R$ 700 mil, além do sequestro de quatro imóveis residenciais, que somam R$ 2 milhões. Também houve confisco de R$ 24 mil em espécie e outros itens relevantes para a investigação.
O investigado, apontado como responsável pelo esquema fraudulento, teve a prisão preventiva decretada. Ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça. As investigações seguem para identificar outras vítimas e possíveis envolvidos.
Como funcionava o esquema
Conforme a Polícia Civil, desde 2021, o investigado captava recursos de investidores sem autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), prometendo altos rendimentos acima do mercado. Ele alegava que os valores iriam para aplicação em uma corretora de investimentos sediada em Belize, um paraíso fiscal.
Entretanto, a apuração revelou que a maior parte dos valores arrecadados não ia para investimento, mas sim movimentada entre contas do próprio operador. Conforme a Polícia Civil, isso caracteriza um esquema fraudulento.
De acordo com os investigadores, o esquema movimentou mais de R$ 10 milhões, com aproximadamente 800 investidores afetados. A maioria sofreu prejuízos financeiros quando o suspeito suspendeu as atividades e interrompeu os pagamentos em janeiro de 2025.
Além disso, os agentes constataram que o investigado adquiriu um patrimônio de alto valor com os recursos captados, em detrimento das vítimas.
Ação da Polícia e alerta à população
Diante das provas reunidas, a Polícia Civil representou por medidas cautelares, deferidas pelo Poder Judiciário com parecer favorável do MP-RS (Ministério Público).
A corporação orienta eventuais vítimas a registrar boletim de ocorrência e reforça a necessidade de verificar a regularidade de investimentos junto aos órgãos reguladores.
A Operação Kairós reforça o compromisso da Polícia Civil no combate a crimes financeiros e à proteção dos cidadãos contra fraudes de grande escala.