Rio Grande do Sul - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o inquérito policial sobre o caso do bolo envenenado, que resultou na morte de quatro pessoas e em três tentativas de homicídio. No entanto, o processo será arquivado, pois a principal suspeita, Deise Moura dos Anjos, morreu enquanto estava presa na Penitenciária de Guaíba.
Os dois inquéritos apontam os crimes de triplo homicídio triplamente qualificado pelas mortes de Paulo Luiz dos Anjos, ocorrida em setembro de 2024; Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos; Maida Berenice Flores da Silva, 59; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47. Além de três tentativas de homicídio triplamente qualificadas. No entanto, haverá extinção da punibilidade devido à morte da investigada.
Conforme o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil, o trabalho investigativo reuniu provas determinantes para esclarecer a autoria do crime. “Mesmo que a Deise tenha deixado escrito que não era uma assassina, não paira nenhuma dúvida para nós policiais”, afirmou o delegado Heraldo Guerreiro, subchefe da corporação.
Também participaram da coletiva o diretor de Polícia do Interior, Cléber Lima; a delegada Sabrina Deffente, que atua na regional do Litoral Norte; o delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso, titular da Delegacia de Polícia de Torres; e a diretora do IGP (Insituto-Geral de Perícias), Marguet Mittmann.
O caso do bolo envenenado
Ao todo, quatro pessoas morreram por causa de envenenamento por arsênico. Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos; Maida Berenice Flores da Silva, 59; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47, ao consumirem o bolo de reis, perto do Natal. Já Paulo Luiz dos Anjos, morreu em setembro de 2024, após consumir leite em pó contaminado com o veneno.
A motivação do crime seria uma desavença da acusada com a sogra, Zeli dos Anjos. Ela seria o principal alvo da intoxicação causada pelo veneno. No entanto, sobreviveu às duas tentativas homicídio que sofreu, em setembro e dezembro.
Próximos passos
Com a conclusão da investigação, a Polícia Civil enviará o relatório para a Justiça, que determinará o arquivamento do caso devido à morte da investigada.