A Polícia Civil cumpre mandados judiciais em uma investigação que apura crimes de exploração de jogos de azar, contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro. “Influenciadores digitais” de Canoas são os investigados pela prática dos ilícitos.
A ação é coordenada pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas e pela Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro. Os policiais cumprem 65 medidas cautelares nas cidades de Canoas, Campo Bom, Novo Hamburgo, Balneário Camboriú (SC) e São Paulo (SP).
Conforme a Polícia Civil, dois indivíduos receberam voz de prisão em flagrante por posse de arma de fogo. Mais de 15 veículos estão apreendidos, além de passaportes, arma de fogo, dinheiro em espécie e outros objetos.
Como funcionava o esquema
De acordo com a investigação, os suspeitos “sorteavam” casas, apartamentos, motos, motos aquáticas, dinheiro e carros de luxo. Os números das rifas eram ofertados por valores irrisórios (ex: R$ 0,10), divulgadas e ofertadas pelas redes sociais dos influenciadores.
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Os prêmios, apesar de serem entregues, muitas vezes acabavam “sorteados” para pessoas próximas a eles. A apuração também aponta para lavagem de dinheiro, com movimentações milionárias nas contas dos investigados. Esses valores seriam misturados com outros, faturados por empresas dos suspeitos, que prestam serviços ou vendem produtos paralelos.
Também restou apontada pela investigação a propriedade de bens que não se encontram registrados em nome dos investigados. Com a mescla do capital e a ocultação dos ativos provenientes de infrações penais, os investigados lavariam o dinheiro ilícito.
Os investigados ostentam vida de luxo nas redes sociais, com veículos avaliados em mais de R$ 1 milhão, viagens ao exterior e aquisição de apartamento luxuoso em conhecido balneário de Santa Catarina.
