A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16), a Operação Timeo, contra crimes de extorsão e lavagem de dinheiro praticados contra empresários do setor automotivo. A ofensiva tem coordenação da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) de São Leopoldo.
Cerca de 60 policiais civis cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em seis cidades: Novo Hamburgo, São Leopoldo, Portão, Cachoeirinha, Porto Alegre e Imbé. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
A investigação identificou um esquema de extorsão em série contra empresários do ramo de compra e venda de veículos. As vítimas sofriam coação para pagar “pedágio” para não se tornarem alvo dos criminosos, conforme a polícia.
Os crimes aconteciam em Estância Velha, Novo Hamburgo, Ivoti, Sapiranga, Portão e outras cidades da região. O grupo investigado na Operação Timeo utilizava parentes e laranjas para movimentar os valores oriundos das extorsões.
Entre os investigados está uma professora da rede estadual que, sozinha, teria movimentado R$ 5 milhões, conforme a polícia. Os valores, por óbvio, são incompatíveis com o salário de um agente público.
Durante a operação, houve bloqueio de R$ 13,3 milhões em contas bancárias de 11 investigados. A Justiça também determinou o sequestro de criptoativos avaliados em R$ 260 mil.
Uma empresa, que teria mantido relações comerciais ou financeiras com os investigados, se tornou alvo de mandado.
Ligação com presos de fase anterior
Conforme a DRACO, os alvos desta etapa da operação estão ligados a outros investigados já presos preventivamente. Estes indivíduos seguem recolhidos no sistema prisional em razão dos crimes identificados na fase anterior da Operação Timeo.
Ao todo, conforme a Polícia Civil, 18 envolvidos no esquema estão presos.