FALSO INTERMEDIÁRIO

Polícia Civil prende seis em ação contra estelionato digital em Canoas

Fraude digital causou prejuízo de mais de R$ 450 mil e lesou vítimas no RS e no Pará.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, deflagrou a Operação Strick, voltada ao combate de crimes digitais como estelionato e associação criminosa. Até o momento, seis pessoas foram presas em cumprimento a mandados expedidos no Mato Grosso.

A ofensiva contou com o apoio do Ministério da Justiça, da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), do CIBERLAB (Laboratório de Operações Cibernéticas) e das polícias civis do Mato Grosso e Pará. Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão temporária nas cidades de Várzea Grande e Cuiabá.

O alvo da operação é uma rede interestadual envolvida com o golpe do “falso intermediário”, que causou prejuízo de mais de R$ 300 mil a vítimas da Região Metropolitana de Porto Alegre e R$ 150 mil a uma vítima no Pará.

Como funciona o golpe do “falso intermediário”

De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, responsável pelo inquérito, o golpe ocorre durante negociações de compra e venda de veículos. Os criminosos se apresentam como intermediários legítimos e enganam tanto o comprador quanto o vendedor. O pagamento é desviado para contas de laranjas, e as vítimas ficam sem o dinheiro e sem o bem negociado.

A investigação revela que o grupo atuava de forma articulada em diversos estados.

Para o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª DPRM/Canoas, a operação representa um avanço na repressão ao crime cibernético. “Esse tipo de golpe conecta criminosos a vítimas de diferentes regiões do país. A integração entre as forças de segurança é essencial para desmantelar essas redes”, afirmou.

O nome da operação, “Strick”, remete à palavra inglesa “strike”, que significa atacar, e simboliza a ação coordenada das polícias contra crimes digitais sofisticados.