Pelotas - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a operação Falsus Heres III, com o objetivo de investigar um esquema de fraude de uma herança milionária. A condução é da DRCID (Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações), em conjunto com a DEFD (Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações), da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.
O caso teve início após os herdeiros legítimos de uma moradora de Pelotas, falecida em 2020, registrarem ocorrência na polícia. Eles denunciavam o uso de documentos falsificados por um terceiro para uma herança estimada em R$ 9 milhões.
Conforme a polícia, a investigação apura o envolvimento de duas pessoas. Uma que se passou por irmão da idosa que faleceu e outro indivíduo, que teria arquitetado o plano e que está preso.
O inquérito apurou que os investigados utilizaram documentação falsa para se habilitarem como herdeiros no processo judicial e junto ao Banrisul. Com isso, parte do valor milionário foi desviado.
A Polícia Civil destacou que os documentos apresentados davam a entender que havia o parentesco com a pessoa falecida, o que permitiu o acesso indevido à herança.
Mandados cumpridos
Na quarta-feira (5), policiais civis cumpriram mandados de prisão temporária, além de ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e sequestro de imóveis. As ações ocorreram em Pelotas, na região Sul do Estado, e em Natal, no Rio Grande do Norte.
Até o momento, um dos suspeitos de aplicar o golpe recebeu voz de prisão na cidade de Natal. Durante a ação, os policiais apreenderam documentos e aparelhos celulares que podem auxiliar na investigação.
O inquérito segue em andamento para apurar o envolvimento de outros possíveis participantes no esquema fraudulento.