CRIME BRUTAL

Justiça determina internação de adolescente por ataque com faca em escola de Estação

Adolescente, de 16 anos, esfaqueou três alunos e uma professora. Menino de 9 anos morto será sepultado nesta quarta-feira

Crédito: Polícia Civil / Divulgação
Crédito: Polícia Civil / Divulgação

O MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) representou, nesta terça-feira (8), por atos infracionais análogos a homicídio e tentativas de homicídio contra o adolescente de 16 anos que atacou uma escola em Estação, no Norte do Estado. O pedido de internação provisória teve provimento pela Justiça.

A decisão foi proferida pela juíza Daniela Conceição Zorzi, da Comarca de Getúlio Vargas, que determinou a internação do jovem por 45 dias, prazo previsto pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O processo tramita em segredo de Justiça.

O ataque aconteceu na manhã de ontem, na Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, no centro de Estação. O autor esfaqueou três crianças e uma professora, conforme a Polícia Civil.

Um menino de nove anos não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele será sepultado nesta quarta-feira em Getúlio Vargas. As outras vítimas foram hospitalizadas.

O autor do crime agiu sozinho, mas a investigação ainda apura a real motivação do caso de violência. O adolescente prestou depoimento na Delegacia de Polícia.

O promotor Alexandre Vinícius Murussi, responsável pela representação, afirmou que os atos foram de “extrema gravidade” e que a medida visa proteger a comunidade escolar e garantir a ordem pública.

O Agora RS não divulgará o nome da vítima deste crime brutal, em respeito aos seus familiares.

Alerta do MP sobre prevenção à violência extrema

O Ministério Público, por meio do NUPVE (Núcleo de Prevenção à Violência Extrema), também emitiu orientações para lidar com o caso e evitar novos episódios. Entre os principais pontos:

  • Evitar divulgar imagens do agressor ou das vítimas;
  • Não descrever detalhes do ataque;
  • Acolher emocionalmente alunos e professores nos próximos dias;
  • Observar sinais de alerta como comportamentos violentos ou falas preocupantes entre estudantes.

As aulas na rede municipal de ensino seguem suspensas por tempo indeterminado. O caso segue sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público.