Um homem que ocupava função de CC (Cargo em Comissão) na Prefeitura de Novo Hamburgo está entre os presos na Operação Liberadade. A ação, deflagrada nesta sexta-feira (14), visa desarticular uma quadrilha que atua no tráfico de drogas na região do Vale do Sinos.
A Polícia Civil não divulga o nome do detido devido à Lei de Abuso de Autoridade. Mas, conforme apuração da reportagem, trata-se de Gilvanio José Abreu da Silva, conhecido como Gilvanio Pantio. Ele atuava como subsecretário de Obras da Região Sul do município de Novo Hamburgo.
Ele se apresentava como líder comunitário no bairro Santo Afonso e concorreu a vereador pelo PP (Partido Progressistas) na eleição de 2024. A defesa do ex-servidor público não se manifestou até o momento.
Na nota oficial, a Prefeitura de Novo Hamburgo busca se desvincular de qualquer responsabilidade pela contratação do servidor. A administração afirma que não haviam impedimentos legais contra o CC. “A Prefeitura esclarece que as investigações não possuem nenhuma relação com a atuação do ex-servidor dentro do Município e, consequentemente, estão atreladas à sua vida pessoal”, conclui a nota.
Conforme a Polícia Civil, a Operação Liberdade busca o combate a líderes de organizações criminosas e ao tráfico de drogas. Durante as investigações, houve a constatação que as organizações criminosas realizavam mentorias na resolução de conflitos e lideranças para os integrantes.
O que diz a Prefeitura de Novo Hamburgo
Nota de esclarecimento
A portaria de exoneração do cargo em comissão preso em operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul foi assinada nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (14).
A Prefeitura de Novo Hamburgo informa que, no momento da admissão, as negativas criminais e cíveis foram apresentadas pelo então servidor. Com isso, estava apto a cumprir com as funções públicas naquele momento.
O Executivo hamburguense, por fim, reafirma que não compactua com nenhuma prática ilícita e as devidas providências foram adotadas no sentido de garantir a moralidade das ações no serviço público do Município.
Além disso, a Prefeitura esclarece que as investigações não possuem nenhuma relação com a atuação do ex-servidor dentro do Município e, consequentemente, estão atreladas à sua vida pessoal.