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O Brasil não tem justificativas para se complicar na Copa América

O Campeonato Brasileiro mal começou e ele já vai ter a sua primeira parada graças à Copa América. O torneio continental da América do Sul será realizado aqui no Brasil durante o mês de junho, com sedes desde a Bahia até o Rio Grande do Sul para recepcionar as seleções que fazem parte da Confederação Sul-Americana de Futebol, e as duas seleções convidadas, Japão e Qatar.

Na última vez que a Seleção disputou uma competição de nível internacional por aqui, o resultado ficou bem longe do que era esperado. Aquele inesperado 7 a 1 em que a hoje combalida Alemanha infligiu ao Brasil ainda marca a nossa memória, e com certeza ocupa um espaço grande na mente dos nossos jogadores.

Ou pelo menos, é isso o que esperamos. Mesmo se nenhum dos jogadores daqueles onze que sofreram a pior derrota da Seleção em sua história estejam inclusos no grupo de 23 que Tite escolheu para representar o Brasil neste torneio vindouro, esses “guris” como representantes da nova geração Canarinho – liderados por um já veterano Neymar – carregarão consigo a responsabilidade da fase anterior à deles de corrigir o recorde hoje manchado pela decepção-mór perante aos germânicos.

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E para chegar à fase de “mata-mata”, o Brasil terá quiçá o caminho mais fácil da competição. Por isso, não haverão desculpas para justificar qualquer tropeço que a Seleção tenha em seu caminho rumo aos jogos para decidir o campeão da competição.

O prognóstico futebol de sites como a Betfair coloca a seleção sede da Copa América como clara favorita ao título, com chances a 2.3 de levantar o caneco numa potencial final no Maracanã no dia 10 de maio. Seus oponentes na fase de grupos são Bolívia, Venezuela e Peru, com chances de ganhar o torneio em 67.0, 34.0 e 26.0, respectivamente.

Das três, somente o Peru participou da última Copa do Mundo – volta que representou o fim de uma sina de 36 anos sem ir para a maior competição de futebol do mundo. As principais figuras da seleção peruana no momento são Jefferson Farfán, atacante de 34 anos que atua pelo Lokomotiv Moscou na Rússia; e o também veterano Paolo Guerrero, centro-avante do Internacional aqui no Brasil.

É bem provável que o Peru, com uma seleção esforçada e bem aplicada que está sob o comando do técnico Ricardo Gareca desde 2015, seja aquela que apresentará mais dores de cabeça para os comandados de Tite. Para tanto, é só lembrar que foram eles quem, já sob a tutela do técnico argentino, que impediram o Brasil de ir para a fase eliminatória da última Copa América há três anos com uma surpreendente vitória por 1 a 0 sobre a Seleção.

Naquele momento, além da derrota para o Peru, o que prejudicou o Brasil foi também um empate sofrido de 0 a 0 contra o Equador, após vitória fácil do time então comandando por Dunga em sua segunda passagem pela Seleção sobre o Haiti por 7 a 1.

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E é com essas lições que o Brasil deve seguir seu caminho na Copa América do mês que vem. Mesmo que a Bolívia e a Venezuela apresentem pouquíssima resistência perto do que o Peru pode representar, não se pode perder a concentração por um momento sequer em torneios de importância tão grande como essa.

A geração atual comandada por Tite ainda tem um título a ganhar e muito a se provar, principalmente depois do que ocorreu na Rússia no ano passado. Já se espera de times montados pelo ex-técnico do Corinthians um futebol que não dá espetáculos, mas que alcança bons resultados. E ainda não tivemos isso nos testes que o Brasil passou até aqui.

Logo, é hora de responder os críticos e as críticas feitas ao trabalho de Tite e seus selecionados até aqui. E não tem palco melhor para se provar do que a nação com 200 milhões de técnicos de futebol!