COPA DO BRASIL

Bem montado por Roger, Juventude supera Inter no Beira-Rio pela Copa do Brasil

A equipe treinada por Roger Machado deu um exemplo de solidez, abalando o vacilante Colorado de Eduardo Coudet

Trocas de Roger decidiram a partida - Fernando Alves/ECJ
Trocas de Roger decidiram a partida - Fernando Alves/ECJ

O Juventude venceu por 2 a 1 o Internacional, em uma noite fria de quarta-feira (10) no Beira-Rio, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. A equipe treinada por Roger Machado deu um exemplo de solidez no meio-campo e de chegada aguda na frente, abalando o vacilante Colorado de Eduardo Coudet.

Ao longo da partida, os Jaconeros, enquanto o Inter lentamente rodava a bola guiado por Alan Patrick, dividiam cada espaço do campo defensivo. Com nomes como Erick, Jadson, Caíque e Lucas Barbosa, fora a linha defensiva, os donos da casa não tinham respiro. O ataque colorado se restringia a tentativas inócuas de Wanderson pela esquerda. Do outro lado, Wesley esteve apagado. De volta da Copa América, Enner Valência era uma ilha.

Sobrava tempo para sonhar com o gol. Algumas tentativas surgiam de escapadas, quando as investidas do Inter falhavam. Mas havia momentos em que o Juventude avançava a marcação na saída de bola do Inter, recuperava a bola e acionava o centroavante Gilberto. Em uma delas, a equipe de Caxias do Sul abriu o placar.

Aos 35, Jean Carlos recuperou uma dessas bolas no campo de ataque e acionou Erick Farias na esquerda. O atacante avançou e cruzou rasteiro para a área e Gilberto fez sem goleiro.

Assim, O primeiro tempo acabou nesse clima. Um Juventude valente contra um Inter improdutivo. A única defesa do goleiro Gabriel se deu em um chute de Bruno Henrique, mas de longe, de fora da área, ainda aos 18 min.

Modelo de Roger se impôs diante do Inter – Foto: Fernando Alves/EC Juventude

Segundo tempo

Na etapa final, o Inter voltou do intervalo sem trocas. O Colorado voltou mais disposto a pressionar o Juventude. Mas um novo problema apareceu: os espaços nas costas da defesa. Não foram poucas as vezes em que os Jaconeros encontraram brechas para contratar dar trabalho ao goleiro Anthoni. Em uma destas, veio a chance de ampliar.

Aos 11, Gilberto cruzou da direita e a bolão pegou no braço de Vitão dentro da área, quando este se atirava para tentar cortar. Pênalti. O próprio Gilberto cobrou, mas fraco e rasteiro no canto esquerdo. Anthoni pegou sem dificuldades. O lance deu sobrevida ao Inter, mas com a partida nas mesmas condições.

Gilberto voltou a perder gol aos 16, em uma destas escapadas. Aos 23, Jean Carlos, sozinho, parou em Anthoni.

Até que aos 26 o Inter achou um gol. No primeiro passe vertical dentro da defesa do Ju, Alan Patrick encontrou Enner Valência que chutou para gol, empatando a partida. O VAR traçou as linhas e os Juiz validou o lance.

A intuição diria que o Inter moveria céus e terra para vencer a partida. Mas Roger fez trocas, que deram fôlego ao time, e, não só segurou o Colorado, como permitiu ao Ju tocar a bola no campo do Inter. Jogada premiada.

Aos 48, o Juventude articulou uma jogada no campo do Inter e a bola chegou para Gabriel Taliari na esquerda. Do fundo, ele cruzou rasteiro para a grande área. A bola atravessou a defesa do Inter e chegou para o volante Luís Oyama, que chutou, superando Anthoni. Fim de jogo, vaias no Beira-Rio.

Situação e próximo jogo

O jogo da volta ocorre no sábado (13), no Alfredo Jaconi, às 16h. O Juventude joga por um empate. Vitória simples do do Inter leva para os pênaltis. Vitória por mais gols dá Inter.