Era para ter começado às 16h. Terminou quase 19h30. Teve nevoeiro, pênaltis perdidos, invasão de campo, conflito, expulsões. O Juventude levou a vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil, mas a partida contra o Inter teve diversas dificuldades. No fim, 1 a 1 com o Juventude e a Papada, que lotou o Alfredo Jaconi, segurando o Colorado nos 15 minutos de acréscimos do segundo tempo.
A partida começou por volta das 17h20. Antes, as duas equipes chegaram a entrar em campo, mas o nevoeiro, típico da Serra gaúcha, impossibilitava a visão de todos. Os times voltaram ao vestiário enquanto a equipe de arbitragem ia realizando vistorias de tempo em tempo. Até que o nevoeiro deu trégua e o jogo teve início. Mas, já com a bola rolando, ele voltou, o jogo teve uma breve parada, e depois ele só foi sumir mesmo mais adiante.
Em campo, o Inter, pela primeira vez sem Coudet, ia ao ataque com mais volume que o jogo de ida. Mas repetia velhos problemas. Um estilo ainda burocrático, com poucas jogadas envolventes de lado de campo, muito porque o Wesley não repetia atuações de outros tempos. No ataque, Enner Valencia sumia entre os zagueiros Jaconeros, a não ser em um lance em que pediu pênalti. Nesse cenário, a volúpia do Inter não durou muito na primeira etapa.
Quem assustava era o Juventude. Não só em escapadas, mas nas jogadas aéreas, que encontravam furos na defesa Colorada. Numa delas, o Ju abriu o placar. Já aos 50 do primeiro tempo, Jean Carlos bateu escanteio e, em uma jogada visivelmente ensaiada, o zagueiro Rodrigo Sam saiu de dentro do gol em direção à bola no primeiro pau e cabeceou, se antecipando à marcação e abrindo o placar.
Segundo tempo
Déjà vu
Na etapa final, além de um Inter mais audacioso, o público assistiu a um nível crescente de tensão que deu início a uma série de acontecimentos que prolongariam o fim da partida. Wesley começou a ser mais acionado na esquerda até ser derrubado aos 5 minutos por Abner dentro da área. Pênalti que Alan Patrick, repetindo a mesma situação de Gilberto no primeiro jogo, bateu fraco no canto esquerdo. Gabriel, um dos nomes da tarde (noite), caiu e fez a defesa.
O Inter não esmoreceu. O interino Pablo Fernandez colocou o meia Gabriel Carvalho no lugar de Bruno Gomes. O guri de 16 anos deu novo ânimo ao time do Inter. Até que minutos depois, em tabela com Alan Patrick, Wesley sofreu novo pênalti, desta vez de João Lucas. Enner Valência bateu rasteiro no canto direito e Gabriel fez nova defesa.
Absurdos
Aí, o que já estava tenso e fora do habitual perdeu ainda mais em razoabilidade. Após o pênalti, um indivíduo vestido com jaqueta do Inter invadiu o gramado correndo na direção de Valência, quando foi interceptado por atletas do Juventude. O indivíduo foi retirado de campo.
Em seguida, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima foi ao VAR verificar uma invasão na área do jogador do Juventude no momento da cobrança de Valência. Depois, decidiu pela repetição da cobrança. E, ainda, acabou por expulsar o lateral do Juventude, Alan Ruschel, por agredir o indivíduo que havia invadido o campo.
Enner bateu e pênalti e desta vez não deu para Gabriel: 1 a 1. O cenário agora era vermelho. Pablo Fernandez colocou Alario e Wanderson para levar o time ao ataque, e Igor Gomes para auxiliar na defesa. O Inter não teve nenhuma chance realmente perigosa, mas pela primeira vez no jogo estava presente no campo do Juventude, deixando o adversário desconfortável.
Mas não duraria muito. Aos 50, após o árbitro determinar, em função do tempo de jogo parado, os 15 minutos de acréscimo, houve uma confusão no campo de defesa do Inter que terminou com Vitão empurrando Taliari. O zagueiro colorado foi expulso e o Inter acabou ali. Festa em Caxias do Sul.