COPA DO BRASIL

Grêmio vence Operário-PR, passa na Copa do Brasil e dá trégua na crise

A partida esteve longe de ter brilhantismo técnico, mas serviu para o Grêmio sentir o gosto da vitória novamente

Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

O Grêmio venceu por 3 a 1 o Operário-PR e se classificou para as oitavas de final da Copa do Brasil. A partida ocorreu na manhã deste domingo (14), no estádio Centenário, em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, onde o Grêmio vem mandando seus jogos.

A partida esteve longe de ter brilhantismo técnico, mas serviu para o Grêmio sentir o gosto da vitória novamente, após uma série de insucessos. Agora, o Tricolor, com a vaga garantida, se volta para o Campeonato Brasileiro, onde ocupa a 18ª colocação, com 11 pontos, o que o rebaixaria à Série B.

O próximo adversário do Grêmio é o São Paulo. O duelo de tricolores ocorre na quarta-feira (17), às 20h, no estádio Morumbis.

Lapso de temor

O Operário-PR é oitavo colocado da Série B do Campeonato Brasileiro. Mas, como o momento gremista não é o melhor, o cenário de desconfiança estava instaurado. As duas equipes empataram em 0 a 0 no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa. Então, bastava uma vitória simples para o Grêmio.

E o Tricolor foi ao ataque. Os jogadores tinham dificuldades com o gramado e com o clima adverso, mas jogavam como podiam. Até que, aos 19, Kannemann sofreu pênalti, que Pavón cobrou com seriedade, e abriu o placar. Começava a se escrever o roteiro de um domingo tranquilo para os gremistas.

Mas o Operário empatou. Aos 29, em uma bola aérea, Ronaldo cabeceou para o gol. Sinal de alerta aceso. Mas o medo não durou muito. Dois minutos depois, Soteldo achou uma enfiada perfeita para Galdino que, dentro da área, pôs o Grêmio na frente de novo.

Segundo tempo

Em seguida, na etapa final, houve tempo ainda para Gustavo Nunes, que havia entrado no lugar do lesionado Edenílson, que dominou uma bola de frente para o marcador e, já dentro da área, cortou para dentro e chutou para o gol. O operário estava rendido.

O Operário tentou uma reação e quase surpreendeu em chute de Ronaldo, de longa distância. Marchesín estava adiantado e precisou se esticar para espalmar para escanteio. Mas a equipe paranaense não teve forças. Vieram as trocas e apenas seguiu-se o protocolo do êxito Tricolor.

Renato, por temas

Volta da confiança e agradecimento à torcida

“Sempre é importante vencer, principalmente se tratando de uma competição como a Copa do Brasil, que o mata-mata. Conseguimos colocar o clube nas oitavas. E é importante isso que devolve a confiança para o grupo todo. A equipe se apresentou bem.

“Esta vitória de hoje é para a nossa torcida. Porque desde o início eles incentivaram. Sabem da pressão que os jogadores estão sofrendo. Todo mundo está sofrendo. E somente com apoio deles a gente vai sair dessa situação”.

Conversa com a Geral

“Eu sou um cara do diálogo. Eu sou um cara que sempre vou proteger o meu grupo. Eu conversei sim com os chefes da nossa torcida. Agora, uma coisa tem que ficar bem clara. Não é pela situação só do Grêmio, porque eu sempre conversei com eles. É que vocês não tinham estas fotos”.

“Todo ano eu me encontro 2, 3, 4, 5 vezes com chefes de torcida. Mesmo não sendo campeões. Então por um acaso saiu essa foto agora e todo mundo pensou: ‘ah ele conversou com chefe de torcida para acalmar’. Também”. E pedir para que eles continuem nos apoiando, como eles fizeram hoje, novamente”.

Mando de campo

“Poderíamos ter jogado ainda melhor, se as condições do campo favorecessem, a gente precisa agradecer o Caxias por estar emprestando o campo para a gente jogar, mas o campo realmente está realmente gasto, até porque o Caxias também joga nele e isso dificulta o nosso trabalho”.

“Muitas pessoas não entendem tudo que nós estamos passando. Uma coisa é todo os clubes jogarem em suas casas. O único clube que não joga na sua casa é o Grêmio. Principalmente em se tratando de campeonato Brasileiro. A Arena é muito forte para a gente”.

Cobrança

“A vergonha na cara é de todos nós. Nós temos quase 10 milhões de torcedores por trás, eles que sustentam o clube. Eles que nos apoiam. Eles tem todo o direito de nos vaiarem. E a cobrança de nós responsáveis dentro do clube é em cima de todo mundo.

Passamos 40 dias longe, mas isso ninguém quer saber. Então a gente sabe que está devendo isso aí. Agora, o empenho dentro do campo tem que ser de todo mundo. Então hoje quando eu fiz as trocas não foi por isso [vergonha na cara].

“Eu fiz as trocas justamente pelo desgaste. São muitos jogos, ou eu tiro ou o jogador vai arrebentar. é uma sequência de jogos muito grande”.