ECONOMIA

Tesouro RendA+ bate recorde e soma R$ 4 bilhões em investimentos

Título público criado para complementar a aposentadoria completa dois anos com aumento expressivo na captação.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Tesouro RendA+, título público criado em 2023 para complementar a aposentadoria, atingiu a marca de R$ 4 bilhões em investimentos no fim de janeiro. O volume representa um crescimento de 150% em 12 meses, consolidando a adesão de investidores ao modelo de renda extra mensal.

Segundo dados do Tesouro Nacional e da B3, a maior parte dos investidores (61%) tem entre 25 e 44 anos. O título foi desenvolvido pelo Tesouro Nacional, B3 e Secretaria de Previdência e permite que o investidor planeje uma data para a aposentadoria, garantindo uma renda mensal corrigida pela inflação durante 20 anos.

Como funciona o Tesouro RendA+?

O período de acumulação de capital pode variar de 7 a 42 anos, dependendo do vencimento escolhido. Atualmente, o título possui oito datas de vencimento, sempre em intervalos de cinco anos:

  • 15 de janeiro de 2030
  • 15 de janeiro de 2035
  • 15 de janeiro de 2040
  • 15 de janeiro de 2045
  • 15 de janeiro de 2050
  • 15 de janeiro de 2055
  • 15 de janeiro de 2060
  • 15 de janeiro de 2065

A modalidade permite investimentos sem valor mínimo, após a recente flexibilização da regra que antes exigia R$ 30 por aplicação. Agora, o investidor pode aplicar a partir de 1% do valor do título escolhido, sem limite máximo de compras, respeitando apenas um teto de R$ 2 milhões por mês.

Fatores que impulsionaram o crescimento

O aumento na adesão ao Tesouro RendA+ também se deve a iniciativas como o cartão de presente do Tesouro Direto. Criado em dezembro, o Gift Card B3 movimentou R$ 250 mil em um mês, permitindo que investidores presenteiem terceiros com títulos públicos.

Outra ação destacada é a Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef), voltada para estudantes do ensino fundamental e médio. O programa tem incentivado o conhecimento sobre investimentos e contribuído para a expansão do público do Tesouro Direto.

Taxas e resgates antecipados

Quem optar por resgatar os títulos antes do vencimento pode pagar uma taxa sobre o valor de resgate:

  • Até 10 anos: 0,5% ao ano
  • Entre 10 e 20 anos: 0,2% ao ano
  • Acima de 20 anos: 0,1% ao ano

Além disso, uma taxa de custódia de 0,1% ao ano incide sobre valores que ultrapassem seis salários mínimos mensais no momento da conversão dos títulos em renda.

Captação de recursos e funcionamento do Tesouro Direto

Criado em 2002, o Tesouro Direto permite que pessoas físicas adquiram títulos públicos diretamente, sem intermediação de bancos. A venda desses papéis é uma das estratégias do governo para captação de recursos, garantindo o pagamento de dívidas e compromissos financeiros.

Os títulos do Tesouro Direto podem ter rentabilidade atrelada à Selic, inflação, câmbio ou taxas prefixadas, dependendo do perfil de investimento escolhido.

Mais informações sobre os títulos e regras de aplicação estão disponíveis no site oficial do Tesouro Direto.