A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), caiu de 5,65% para 5,57% em 2025. Os dados constam no Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (22) pelo Banco Central, em Brasília.
Mesmo com a revisão para baixo, a estimativa ainda supera o teto da meta de inflação definida para o ano. O objetivo central é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que o limite máximo aceitável é de 4,5%.
Para os anos seguintes, as previsões foram mantidas ou ajustadas levemente: 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028. Em março, o IPCA foi de 0,56%, influenciado pelo aumento no preço dos alimentos, mas abaixo dos 1,31% registrados em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a inflação soma 5,48%.
Juros seguem em alta e devem chegar a 15% em dezembro
Para conter a inflação, o Banco Central mantém o ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, hoje fixada em 14,25% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou novo aumento de um ponto percentual em março, citando alta nos preços de alimentos, energia e incertezas externas.
A expectativa é de que a taxa suba para 15% até o fim de 2025. Para os anos seguintes, o mercado projeta queda gradual: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
O Copom indicou que os próximos aumentos devem ser menores. Segundo o Banco Central, os núcleos da inflação seguem pressionados. Especialmente no setor de serviços, onde a economia permanece aquecida.
PIB deve crescer 2% em 2025, diz Focus
A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) subiu de 1,98% para 2% neste ano. Para 2026, a estimativa passou de 1,61% para 1,7%. Já para 2027 e 2028, o mercado financeiro projeta expansão de 2% em cada ano.
Em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento. Foi o melhor desempenho desde 2021, quando o avanço foi de 4,8%.
Dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,90
A previsão para o câmbio é de que o dólar termine 2025 valendo R$ 5,90. Para o final de 2026, a estimativa sobe para R$ 5,96, segundo o relatório do Banco Central.