Nesta sexta-feira (11), a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgou uma lista com 2.027 sites de apostas online que serão bloqueados nos próximos dias. A medida faz parte de uma ação para impedir o funcionamento de plataformas de apostas irregulares no Brasil. A lista completa está disponível no site oficial da agência reguladora.
A Anatel começou a notificar as prestadoras de serviços na quinta-feira (10). O bloqueio total das bets irregulares pode levar alguns dias. Segundo a agência, mais de 21 mil empresas de telecomunicações em todo o país estão envolvidas na implementação dessa ação.
De acordo com a Anatel, cada prestadora de serviços de internet deverá tomar as providências necessárias para derrubar o acesso às bets bloqueadas. “O tempo para a execução do bloqueio dependerá das medidas técnicas adotadas por cada prestadora, conforme suas particularidades”, explicou a agência em comunicado oficial.
Prazo para retirada de dinheiro expirou
O prazo final para que apostadores retirassem seu dinheiro de sites de apostas não autorizados terminou na quinta-feira (10). Aqueles que não conseguiram realizar o saque dentro do prazo devem procurar órgãos de defesa do consumidor ou acionar o Ministério Público, que pode entrar com ações coletivas contra os sites irregulares. Caso não haja resposta, o governo recomenda registrar uma ocorrência policial.
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Empresas autorizadas a operar no Brasil
No início de outubro, o Ministério da Fazenda divulgou uma lista oficial de empresas de apostas autorizadas a operar no Brasil. Atualmente, 210 sites de apostas estão registrados, representando 96 empresas. Além disso, 18 empresas obtiveram autorização para atuar em quatro estados: Paraná, Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A Secretaria de Prêmios e Apostas recebeu solicitações para licença de operação até o final de setembro.
Provedores citam desafio técnico
A Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) alertou que o bloqueio de acessos a sites de apostas irregulares representa um desafio técnico significativo. A implementação dessa medida exige esforços robustos dos provedores, que precisam lidar com uma lista extensa de domínios para bloqueio.
“A Abrint reforça que o bloqueio é temporário, permitindo que empresas que regularizem sua situação possam ter o acesso restabelecido no futuro. Essa ação requer planejamento rigoroso e coordenação para garantir que os direitos dos usuários sejam preservados e que a medida seja aplicada de forma eficaz”, destacou a associação.
