Porto Alegre - A compra de ovos de Páscoa perdeu força entre os consumidores de Porto Alegre. Segundo uma pesquisa realizada pela CDL POA (Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre), 56,6% dos entrevistados diminuíram a aquisição do item, principalmente devido ao aumento dos preços.
Mesmo com essa redução, o chocolate segue como o principal símbolo da Páscoa. No entanto, as versões em formatos variados ganharam espaço e houve citação por 48,7% dos entrevistados como opção para presentear, superando os ovos, que aparecem em 43% das intenções de compra.
Mudança no perfil de consumo
O levantamento aponta que a busca por alternativas mais econômicas reflete o cenário financeiro da população. De acordo com a pesquisa, 52,3% dos consumidores avaliam sua situação como estável, sem dívidas, mas também sem sobra de recursos.
Além dos chocolates, outras categorias de presentes começam a ganhar espaço no varejo. Brinquedos, livros, perfumes e itens personalizados foram mencionados como possíveis alternativas pelos entrevistados.
“O consumidor busca manter a tradição, mas de forma mais racional, escolhendo alternativas ao tradicional ovo de chocolate”, destaca Irio Piva, presidente da CDL POA.
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Gastos com presentes de Páscoa
A pesquisa revelou que a maior parte dos consumidores pretende gastar entre R$ 201 e R$ 500 com presentes de Páscoa. Já 30,8% estimam um investimento entre R$ 101 e R$ 200, enquanto 5,3% devem desembolsar mais de R$ 500.
Entre os mais lembrados para presentear estão: Filhos (50%), Cônjuges (32,1%) e Pais (28,1%). No entanto, a tendência de consumo mais consciente se reflete na quantidade de presentes: 22,2% dos entrevistados pretendem comprar apenas dois itens, e 18,2% vão presentear três pessoas.
Páscoa ainda movimenta o comércio
Apesar dos desafios econômicos, a CDL POA reforça que a Páscoa segue como uma oportunidade para o varejo local. “O comércio precisa estar atento ao comportamento do consumidor, que busca preços mais acessíveis, mas não abre mão de celebrar a data”, conclui Irio Piva.
O levantamento, realizado em parceria com a Vitamina Pesquisa, ouviu 302 pessoas em Porto Alegre, entre homens e mulheres de 18 a 70+ anos, pertencentes às classes sociais A, B e C.
