PATRIMÔNIO CULTURAL

Solenidade marca abertura do 53° Festival de Cinema de Gramado

O festival segue até 23 de agosto com programação que combina tradição e inovação para manter Gramado no centro das atenções do cinema nacional

 Foto: Cleiton Thiele/Divulgação
Foto: Cleiton Thiele/Divulgação

Gramado voltou a ser a capital brasileira da sétima arte na noite desta sexta-feira (15) com a solenidade de abertura da 53ª edição do Festival de Cinema. O governador Eduardo Leite participou da cerimônia, realizada no Palácio dos Festivais. Ele destacou o papel do evento como patrimônio cultural do Rio Grande do Sul e vitrine internacional do audiovisual brasileiro e latino-americano.

O festival segue até 23 de agosto. Haverá competições de longas e curtas brasileiros e gaúchos, exibições especiais, homenagens, e uma programação que combina tradição e inovação para manter Gramado no centro das atenções do cinema nacional.

As atividades começaram na quarta-feira (13), com a 1ª Mostra Nacional de Cinema Estudantil Educavídeo, e seguiram na quinta-feira (14), com a Mostra Educavídeo. Ontem (15), a programação começou pela manhã e se estendeu até a sessão de gala, que homenageou Rodrigo Santoro e exibiu o filme ‘O Último Azul’, de Gabriel Mascaro.

Rodrigo Santoro

Santoro recebeu o Troféu Kikito de Cristal em reconhecimento à trajetória do ator no cinema brasileiro e internacional. Além disso, antes da entrada no Palácio do Festival, o ator eternizou as suas mãos na Calçada da Fama de Gramado.

Nesse mês de agosto, Santoro completa 50 anos e mais de três décadas de carreira, marcada por diferentes trabalhos. Entre eles: ‘Bicho de Sete Cabeças’, ‘Abril Despedaçado’, ‘300’, ‘Simplesmente Amor’ e ‘Che’, além das séries ‘Lost’ e ‘Westworld’.

O Último Azul

A homenagem seguiu com a exibição de ‘O Último Azul’, longa dirigido por Gabriel Mascaro e estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Adanilo e Miriam Socarrás. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim deste ano, o longa também conquistou o Prêmio do Júri Ecumênico e o troféu de Melhor Filme Ibero-americano de Ficção no Festival Internacional de Cine en Guadalajara.

Neste, Weinberg recebeu o prêmio de melhor interpretação. Situado na Amazônia, o longa apresenta um Brasil quase distópico, em que o governo transfere idosos para uma colônia habitacional para “desfrutar” seus últimos anos.

A narrativa acompanha Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos que decide embarcar em uma última jornada antes do exílio compulsório. Poético e político, o filme reflete sobre resistência, envelhecimento e laços humanos, em uma viagem que atravessa os rios da região.

Cinema acessível

Além disso, já está disponível no site oficial do eventoMostra Sedac de Cinema Acessível, apresentada pelo Iecine-RS. Ela segue no ar até o encerramento do festival, em 23 de agosto. A seleção reúne três longas com recursos de audiodescrição, legendagem e Libras, reforçando o compromisso do festival com a democratização do acesso ao cinema.

São histórias diversas e potentes. Entre elas estão:

  • ‘O Mercado de Notícias’, de Jorge Furtado, propõe uma reflexão sobre ética no jornalismo e a importância da informação de qualidade;
  • ‘Memórias de um Esclerosado’, de Thais Fernandes e Rafael Corrêa, mescla documentário e ficção para narrar, com sensibilidade e humor, o cotidiano de um cartunista que vive com esclerose múltipla;
  • ‘Chama a Bebel’, de Paulo Nascimento, apresenta ao público adolescente uma trama sobre inclusão, respeito às diferenças, proteção ambiental e combate ao bullying.