Para alguns, falar sobre livros é sinônimo de um assunto chato. “Não gosto de ler”, “prefiro esperar sair uma versão no cinema”, “livros são chatos”. Já ouvi ao longo dos anos várias frases desse estilo. Inclusive até gosto de conversar com pessoas que não gostam de ler. Não com o intuito de ser o amigo “palestrinha”, mas para tentar entender o ponto de vista da pessoa. As vezes as pessoas tem uma imagem distorcida dos livros.
Em algumas situações o que vem a memória são as leituras obrigatórias da escola. Na minha época não tinha internet para conseguir um resumo. Ou então não tinha uma bagagem necessária para compreender aquela leitura. Ficando a imagem negativa de algo tão importante: os livros.
Tá certo, preciso confessar, existem alguns que são chatos mesmo. Mas vem comigo, existem sim bons livros. Aliás, já se perguntou o que leva alguém a ler um livro? Bom, em alguns casos, é como comentei anteriormente. Na nossa jornada acadêmica, algumas leituras são essenciais para o nosso conhecimento e aprendizado.
Agora, tem autores que tem o dom de nos tirar da realidade. Sabe aquela válvula de escape em dias que as coisas não estão indo tão bem? É incrível o que alguns autores conseguem fazer conosco. A gente realmente consegue sair do caos do dia a dia com uma leitura leve, chega ser reconfortante.
Nos envolvemos com a história dos personagens, em alguns casos é como estar em uma montanha russa. A história está subindo em uma crescente, está ocorrendo tudo bem até que, lá vem o primeiro looping e assim a gente mergulha de vez. Sério essa sensação é muito boa.
Ou talvez você seja que nem eu, curioso. Gosta de ler dos mais diversos temas, ficção, true crime, romance, biografias… É interessante como alguns nos fazem ver situações da nossa vida de uma perspectiva diferente. Sempre acabamos aprendendo ou descobrindo algo novo, até mesmo relendo algum dos seus favoritos. Vai ter algum detalhe, alguma coisa que não havíamos percebido no primeiro momento.
E hoje, 23 de abril, é o dia mundial do livro. Dia daquele que nos trás uma sensação tão gostosa, aquele cheiro de livro novo. Que nos faz visitar as livrarias ou garimpar os sebos em busca de uma edição mais antiga. Inclusive visitar sebos é incrível, vez ou outra encontramos algum tesouro escondido.
Data escolhida para homenagear os escritores Inca Garcilaso de la Vega, Miguel de Cervantes e William Shakespeare, que morreram em 23 de abril de 1616. A Unesco, na XXVIII Conferência Geral de 1995, escolheu essa data para ser o Dia mundial do Livro e do Direito de Autor. Em 2018 a diretora-geral da Unesco, comentou:
“Ao celebrarmos o livro, celebramos atividades — escrita, leitura, tradução, publicação — através das quais o ser humano se eleva e se realiza; e celebramos, fundamentalmente, as liberdades que as tornam possíveis. O livro é o ponto de encontro das mais essenciais liberdades humanas, nomeadamente a liberdade de expressão e de edição.”
Audrey Azoulay
Seja para qual for a necessidade: adquirir conhecimento, curiosidade ou uma válvula de escape. Os livros tem o poder de nos levar a lugares que não imaginávamos, conhecer pessoas ou histórias incríveis. Faz a gente ter criar uma lista pessoal para pesquisar na próxima feira do livro da cidade. Nos deixa na expetativa do próximo lançamento daquele autor que tanto admiramos. De uma forma lúdica, livros são mágicos.
Precisamos valorizar a literatura brasileira. E não poderia encerrar nossa conversa, sem citar alguns dos nossos autores nacionais. Vamos conhecer e na sequência uma de suas obras: Lygia Fagundes Telles – “Antes do Baile Verde”; Mário Quintana – “A Rua dos Cataventos”; Clarice Lispector – “Perto do coração selvagem”; André Vianco – “O Senhor da Chuva”; Conceição Evaristo – “Olhos D’Água”.
Falar sobre livros é uma temática que aprecio muito, mas vou ficando por aqui para não me prolongar tanto. Vejo vocês na nossa próxima conversa. E aproveite o dia de hoje para revisitar seu livro favorito ou até mesmo descobrir um hábito novo, que tal? Um abraço do Thi.