Dentro do riquíssimo legado de Johann Sebastian Bach, uma das obras que mais se destacam é a Missa em Si Menor.
No próximo sábado (31), essa obra monumental será apresentada pela primeira vez pela Ospa (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre). Cinco cantores líricos foram convidados para interpretar os solos da obra, que conta com participação especial do grupo Porto Alegre Consort.
O regente e também violoncelista da Ospa Diego Schuck Biasibetti conduzirá essa apresentação histórica no Complexo Cultural Casa da Ospa, em Porto Alegre. O concerto Bach Eterno inicia às 17h de sábado. Os ingressos estão à venda pela Sympla, por valores entre R$ 10 e R$ 50.
Convidados
Para interpretar a Missa, formada por passagens vocais e orquestrais de grande exigência, a Ospa convidou cinco solistas: as sopranos Marília Vargas e Maria Cristina Kiehr, o contratenor Paulo Mestre, o tenor Carlos Eduardo Santos e o barítono Norbert Steidl.
Grupo vocal e instrumental que se dedica à interpretação da Música Antiga de compositores do século XVII e XVIII, o Porto Alegre Consort (ex-Coral Porto Alegre) acompanha a Orquestra no palco durante todo o concerto.
Ao convidar o conjunto, o maestro Diego Schuck Biasibetti, que é regente do Porto Alegre Consort, propôs homenagear sua criadora, Gisa Volkmann.
“A Gisa sempre trabalhou com preparação técnica de coro não só em Porto Alegre, mas em todo o país. Formou gerações de cantores. Como essa obra, além de nunca ter sido feita no Rio Grande do Sul, é o sonho da Gisa, nada mais justo do que fazer uma homenagem a ela neste momento”, explica Biasibetti.
“Ver essa obra tão grandiosa realizada por esse grupo que eu amo e nas mãos do meu querido e competentíssimo maestro Diego Biasibetti é uma honra que vou levar para sempre no meu coração”, comemora Gisa.
Partes
Escrita em latim, a Missa em Si Menor é composta pelas cinco partes da missa católica tradicional: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei. Johann Sebastian Bach (1685-1750) começou a escrevê-la em 1733 e só terminou 15 anos depois. Era tão longa – cerca de duas horas – que não pôde ser apresentada integralmente enquanto o compositor viveu.
Mas logo se consagrou como a principal missa dentre as cinco compostas por Bach e um dos pontos altos não apenas do seu catálogo, como da história da música ocidental.
Ribeiro explica por que Bach dedicou um empenho extraordinário à composição
“Bach estava pleiteando uma posição junto ao rei católico de Dresden, Augusto III, e desejava demonstrar toda a sua capacidade. Dresden era a melhor corte musical da Europa, repleta de Vivaldis, dinheiro e bons compositores”, disse.