OSPA celebra os 100 anos de “Rhapsody in Blue”, obra-prima de Gershwin

A OSPA* (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre) comemora, nesta sexta-feira (19), o centenário da obra “Rhapsody in Blue”, de George Gershwin, com um concerto especial. O evento contará com a renomada pianista russa Anastasiya Evsina como solista e a regente Catherine Larsen-Maguire.

Com início marcado para às 20h, na Sala Sinfônica da Casa da OSPA, o concerto terá transmissão ao vivo pelo canal da OSPA no YouTube. Os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla, por valores entre R$ 10,00 e R$ 50,00. 

O repertório do espetáculo inclui ainda a abertura da opereta “Candide”, de Leonard Bernstein, e a terceira sinfonia de Aaron Copland. Antes do concerto, às 19h, haverá uma palestra com o violoncelista da OSPA, Murilo Alves, sobre as músicas e seus compositores. O projeto Notas de Concerto acontece na Sala de Recitais. 

Segundo a regente Catherine Larsen-Maguire, o “Rhapsody in Blue” continua sendo inovador até hoje, cem anos depois de sua criação. As características de “alegria, energia e ritmo” presentes na obra são elementos essenciais em todo o concerto da OSPA, que apresenta no repertório três renomados compositores norte-americanos do século 20. A abertura da opereta “Candide”, de Leonard Bernstein (1918-1990), inspirada no conto de Voltaire, é interpretada pela Orquestra, refletindo o bom humor do personagem-título, com suas melodias líricas e ousadas típicas de Nova York. 

Logo em seguida, a pianista Anastasiya Evsina sobe ao palco para interpretar o “Rhapsody in Blue” de George Gershwin, uma obra-prima que conecta a música clássica aos bares de jazz. Anastasiya destaca a dualidade de críticas que a obra recebe, sendo considerada por alguns músicos de jazz como não autêntica e por músicos clássicos como uma representação do jazz – embora muitos críticos acreditem que ela não seja executada corretamente. Para a pianista, Gershwin conseguiu fundir a expressividade do jazz com a estrutura da música clássica, exigindo sensibilidade ao jazz para interpretá-la adequadamente. 

Após o intervalo, a OSPA apresenta a terceira sinfonia de Aaron Copland (1900-1990), um dos principais compositores americanos. A sinfonia, considerada um “monumento americano” por Leonard Bernstein, traz em seu quarto movimento a famosa “Fanfare for the Common Man”, que captura o espírito patriótico dos Estados Unidos no pós-guerra. Essa composição heroica é amplamente reconhecida e utilizada em diversos contextos, desde eventos esportivos até cerimônias oficiais.