E vamos para mais uma conversa sobre filmes, desta vez algo voltado aos amantes dos filmes de terror, assim como eu. O filme da vez é “O Ritual”, da XYZ Films, com distribuição da Paris Films. Admito que, logo de início, quando ouvi o título, me remeti ao filme de 2011 da Warner Bros. com Anthony Hopkins no elenco. Depois eu vi que a tradução do título é igual de seu antecessor, mas no original é “The Ritual”.
Bom, este filme conta com Al Pacino, Dan Stevens, Ashley Greene Khoury e Abigail Cowen no elenco. Tem como sua premissa em contar a história que inspirou o clássico – e diga-se de passagem um dos meus favoritos no gênero – filme “O Exorcista” (1973). O caso de possessão mais documentado da história e etc.
Estou indo as sessões sem expectativas e assistindo previamente somente aos trailers. O que tem me gerado boas experiências, sejam elas no aspecto positivo ou negativo do filme.
O problema é que “O Ritual” (2025) tem a mesma premissa de outros filmes do gênero de possessão. O mesmo clichê em que uma pobre alma precisa de ajudas e cuidados da Igreja, com personagens que tem medo da situação, mas estão ali cumprindo suas funções. Tem o personagem prefere acreditar na ciência ao invés de usar de sua fé para ajudar a alma indefesa. Por fim, mas não menos importante, o personagem que estudou e passou anos lidando com casos assim. O nosso famoso “palestrinha”, que nos vai dizer de forma professoral aquilo que já assistimos em tela.
Como de costume, não vou adentrar em spoilers da obra, mas a maior parte do que comentei está na própria sinopse. Esse é um típico filme que tem tudo para chegar em algum lugar e não chega nunca. Fica andando em círculos.
Diferente de outros filmes, que usam do tempo para conduzir muito bem a história, essa foi a sessão de 1h38min mais longa que já presenciei. Inclusive, lembro de em dado momento olhar para o relógio, ver que já haviam passado 40 minutos, e ficar com a sensação de que nada havia saído do lugar.
O filme não é de todo ruim, os personagens são convincentes no que se propõem, principalmente a jovem possuída, vivida por Abigail Cowen. Consegui ver o sofrimento da personagem e o quanto ela queria se ver livre dessa situação. Em contrapartida, conseguia ver que realmente não era ela nos momentos de manifestação.
É uma obra que tinha um certo potencial para ser relevante, com cenários, figurinos, uma fotografia que te deixa imersivo. Mas é tudo muito raso. Talvez, para quem não tem ainda uma bagagem dos clássicos do gênero, até possa agradar. Mas fora isso acaba caindo na caixa de “mais um filme genérico de possessão demoníaca”.
Queria ter gostado do filme, mas os pontos negativos pesam mais que os positivos. Ouso dizer que gosto mais do seu antecessor, “The Rite” (“O Ritual”, de 2011), do que este. E, sim, os filmes não tem nenhuma ligação a não ser o nome na versão brasileira. Mas ao me questionar “Você já assistiu ‘O Ritual’?”, o primeiro que vem a mente é o com o Anthony Hopkins ao invés do com Al Pacino.