O Festival Olhe pra Cima está promovendo a sua terceira edição nos meses de novembro e dezembro. Desde 12 de novembro, a iniciativa realiza a pintura de quatro empenas (paredes laterais de prédios), no Centro Histórico de Porto Alegre, através de artistas convidados. Além disso, o primeiro festival de muralismo e arte pública de Porto Alegre realizará uma intervenção artística coletiva no bairro Sarandi.
Esta última segue a lógica dos anos anteriores de ter uma ação social como parte do projeto. Trata-se de uma intervenção artística coletiva no Sarandi, atingido nas enchentes de maio, em parceria com o Coletivo Abrigo. O Olhe para Cima selecionará dez artistas, que receberão um cachê de R$ 1,2 mil. As inscrições estão abertas até 13 de dezembro, neste link.
“É alcançar o máximo de regiões possíveis ao longo dos anos. Sabemos que essa mudança na paisagem urbana vai para além de revitalizar os prédios, pois traz transformações de impacto social”, destaca o criador e curador do Olhe pra Cima, Vinicius Amorim.
Além disso, os demais prédios com transformações situam-se nas ruas Jerônimo Coelho, 102; Coronel Genuíno, 194; Jerônimo Coelho, 44; e dos Andradas, 1.814. Os locais receberão pinturas dos artistas Cacau Weimer, Pamela Zorn, Tiago Berao e Xadali Tupã Jekupé, respectivamente.
Até 20 de dezembro
Assim, as intervenções artísticas iniciaram-se no dia 12 de novembro e devem terminar em 20 de dezembro. A pintura de cada mural leva cerca de 20 dias, prazo que depende de questões como o clima e a complexidade de cada obra. A previsão é utilizar mais de 1,2 mil litros de tintas e vernizes, e em torno de 60 profissionais estão envolvidos no projeto, entre artistas, assistentes, produtores, técnicos, engenheiros e bombeiros, entre outros.
Assim, somando produções das edições anteriores, o Olhe pra Cima totalizará 13 obras em prédios no Centro Histórico e na Cidade Baixa. O número representa mais de 5 mil m² de intervenções artísticas no município.
Os murais “ressignificam a maneira como nos relacionamos com a cidade e também com a arte. Nosso convite é fazer com que a gente olhe pra cima e descubra ângulos novos da nossa cidade, que se transformou em uma galeria de arte a céu aberto – com arte pública, democrática e acessível para todos”, destaca Amorim.
O governo do Estado autorizou o projeto, por meio da Sedac (Secretaria de Estado da Cultura). Captaram-se R$ 348.970,00 via Pró-Cultura RS – LIC (Lei de Incentivo à Cultura).