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REALISMO FANTÁSTICO

Um animal misterioso une o destino de dois personagens no longa gaúcho "Bicho Monstro"

Longa rodado na Encosta da Serra Gaúcha e Vale dos Sinos aposta no realismo fantástico para contar lenda da imigração alemã

Crédito: Thiago Xavier / Agora RS
Crédito: Thiago Xavier / Agora RS
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Na noite da última terça (30 de setembro), tive o grande privilégio de assistir a obra do diretor Germano de Oliveira, “Bicho Monstro” (2024). Esse longa vai contar uma mesma lenda da imigração alemã pelo prisma de dois personagens, separados por muitos anos de distância. A pequena Ana (Kamilly Wagner) se encanta pela história intrigante de um animal misterioso, o Thiltapes. Ironicamente, um botânico estrangeiro (Pascal Berten), tinha ouvido essa mesma lenda duzentos anos antes. E, com isso, o diretor convida o espectador – juntamente com os dois personagens – a embarcar nesse mistério.

A sessão de ontem teve um toque especial, pois podemos ter um bate-papo muito interessante com Germano. Podemos ver como surgiu a ideia para o projeto e, conforme o passar do tempo, ela lapidada até a produção de “Bicho Monstro”. É um longa que certamente consegue conversar com todos os públicos. Alguns podem até achar que ele tem um ritmo lento, mas discordo.

Vivemos uma realidade em que tudo é para ontem. Áudios de aplicativos podem ser escutados em uma velocidade acelerada (1,5x, 2x e até 3x). Filmes mainstream têm, muitas vezes, uma dinâmica atropelada e geralmente expositiva. Na sua película, Germano gentilmente te convida a tomar o seu assento e assistir ao filme sem pressa.

Kamilly Wagner (Ana) em “Bicho Monstro”. Crédito: Daniel de Bem

Ele consegue levar para a tela o espírito da criança curiosa e inteligente. O que, infelizmente, algumas produções dos estúdios de animação parecem duvidar da capacidade dos nossos pequenos. Em momentos, é como se eu me visse no lugar da pequena Ana. Intrigada e curiosa por uma história onde ela quer, do jeito dela, entender as coisas. Tudo isso sem perder a pureza de uma criança que, tomada por um espírito de coragem, talvez não consiga medir os perigos que fosse encontrar.

Em contrapartida, temos o ponto de vista de um adulto: um botânico estrangeiro. Que, assim como a pequena Ana, quer respostas sobre essa lenda. Quer buscar provas. E é muito interessante o contraste que o diretor consegue fazer entre os dois personagens. Ambos tem objetivos muito parecidos, mas têm conquistas completamente distintas.

Se você ainda não conhecia esse longa, convido você a ter a experiência de assistir no cinema. As praças de exibição podem ser conferidas no Instagram da @boulevardfilmes.

A produção, rodada nas cidades gaúchas de Santa Maria do Herval e Morro Reuter, teve sua première na competitiva Novos Diretores da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O filme venceu melhor direção de fotografia e direção de arte na mostra gaúcha do 53º Festival de Cinema de Gramado, para Bruno Polidoro e Gabriela Burck, respectivamente. O longa é uma produção da Casa de Cinema de Porto Alegre e Vulcana Cinema, em coprodução com a Avante Filmes.

Como é bom ver o Cinema Nacional com obras tão incríveis e reconhecidas por seus pares. Que muitas outras pessoas ainda consigam conhecer “Bicho Monstro”.

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