
Olá meus queridos, como estão?! Hoje nossa conversa vai trazer um gênero diferente: o filme documental. E trago aqui mais um título nacional, que merece mais visibilidade. Então se aconchegue do lado daí e vamos falar sobre “Lar”, o novo documentário de Leandro Wenceslau.
Nesse longa, diretor traz uma reflexão sobre o conceito de família e conta sobre a sua história de busca de pertencimento e identidade. Desde criança, principalmente as gerações mais antigas, temos o conceito família do tipo “comercial de margarina”. Uma mesa farta, pessoas brancas felizes, sempre compartilhando momentos de alegria. De uma forma direta ou indireta, sempre tivemos esse referencial de família.
Mas nós sabemos que essa não é a realidade das pessoas. Hoje várias formas de construção de família, mas essa não foi uma trajetória tão simples de ser conquistada. Existem muitas mães solos que são julgadas por não terem a figura paterna presente. Ou então pessoas que escolhem permanecer em uma relação que não é boa – e muitas vezes abusiva – por receio de o que as pessoas, em alguns casos a religião, vão falar sobre divórcio. Por vezes, temos pessoas que veem nos amigos a sua família por “N” questões, ou que moram sozinhos em um estado ou país diferente dos familiares, ou por não tê-los mais em vida.
Nesse documentário, o diretor nos trás o viés dessa história por meio de três famílias LGBTIAPN+. Ele aborda tanto os bons momentos quanto os conflitos, dúvidas e até mesmo as dificuldades para o reconhecimento legal de paternidade e situações de preconceito. Ele convida ao espectador a refletir das diversas formas de se ter um “lar”. E que, apesar de todas essas questões comuns a qualquer modelo de família, as pessoas conseguem encontrar um refúgio de amor e resistência. Onde o afeto, respeito e o cuidado constroem o elo familiar desse “Lar”.
Cinema nacional em evidência
Estou sendo repetitivo, mas é bom ver obras nacionais brilhando no mercado audiovisual. E, aqui, quero deixar meu agradecimento ao Dropzando. Desde que ingressei na equipe, pude me aproximar das obras produzidas em solo brasileiro. Filmes excelentes, séries que despertam interesse, documentários que não abordam só os aspectos tristes e que trazem reflexão, autores e roteiristas incríveis. Estou realmente grato em poder ter esse contato tão de perto.
E, nesse contexto, “Lar” não fica de fora. Espero que seja tão prestigiado quanto outras obras. Ele tem uma sensibilidade e leva uma grande mensagem de uma forma simples e direta. As atuações do elenco infantil é algo que me chama atenção nas produções. As crianças nesse longa estão tão naturais. Nem parece que tem uma câmera ali por perto. Aliás, como é bom ver criança sendo criança. Brincando de jogar bola, fazendo negociação do tempo entre brincar e as atividades escolares. E não estão com os olhos “enfiados em um celular”.
Vocês já devem ter reparado que sou o tipo de pessoa que gosta dos detalhes. Ver um ambiente familiar, com jeito de casa mesmo. O que quero dizer é que muitos filmes pecam ao tentar representar casas, mas acabam criando um ambiente estéril, sem vida.
A narrativa é tão bem construída, que você se sente como em uma casa de vó. Ou, então, vai te dar vontade de se junta a mesa de café para conversar. E me faz refletir sobre a importância e definição de o que é um lar. Nem sempre vai ser da forma como a sociedade nos impôs desde pequenos. Às vezes, seu lar vai ser você e um pet. Ou, talvez, você tenha um lar aos moldes de comercial de margarina. Mas, independente da configuração, que seja um ambiente de acolhimento, respeito e amor.
Assistir “Lar” foi uma grande experiência, apesar de ter sido uma cabine virtual. Acredito que assistir no cinema seja muito melhor. Por isso espero que essa obra grande mais visibilidade. Vamos ao cinema prestigiar essa obra tão linda. Um abraço caloroso do Thi.
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