
Como estão hoje, meus amantes da sétima arte? Vamos para mais um papo sobre cinema? Este com direito a teorias da conspiração, investigações e um sequestro de uma alienígena. É, gente… Esse filme bugou minha mente. Então, pegue a pipoca e vamos conversar sobre o novo filme do diretor Yorgos Lanthimos, Bugonia. Produção da Focus Filmes, com distribuição da Universal Pictures.
Tem vezes que saio da cabine de imprensa com a sensação de “Que filme foi esse?!”. Por vezes, é pelo aspecto negativo da experiência. Seja um terror sem sentido em que você torce para que os créditos subam logo, ou por roteiros terem sido feito por uma inteligência artificial. O que, definitivamente, não foi o caso de Bugonia. Saí da sessão me questionando o que tinha acabado de ver, mas por um viés positivo.
Ele tem um início que você fica se questionando qual o rumo ele vai tomar. Na história, somos apresentados a dois núcleos de personagens completamente opostos. Temos a Emma Stone, vivendo o papel de uma grande empresária.
E aqui um comentário: como gosto de ver ela em tela! Em cada filme, Emma consegue personificar algo novo. Aqui não seria diferente. Ela dá esse ar de empresária tóxica, mas que quer bancar de boa chefe. “Vocês podem trabalhar até tal horário, não precisam fazer hora extra. Meus colaboradores têm de ter uma vida lá fora. Só não esqueçam das metas para cumprir”. Sabe essa pessoa sorridente, mas que quer te esgotar até você não aguentar mais? Exatamente esse personagem!
Em contrapartida, temos dois jovens – que no primeiro momento nós não entendemos seus objetivos, que dirá como os núcleos se unem. Um deles vivido pelo Jesse Plemons, tem um discurso um tanto peculiar, sobre ele e seu primo estarem preparados para algo prestes a acontecer. Neste discurso estão várias teorias sobre as abelhas e uma possível invasão extraterrestre. De que eles têm que estar prontos para combater esse mal pois, para ele, existe uma ameaça alienígena que veio destruir o planeta.
E vem aí o grande embate
O longa vai fazendo esse pingue-pongue com o espectador: os jovens treinando e se preparando para um possível combate; a empresária gravando vídeos motivacionais para sua equipe e seguindo sua vida de alto padrão. Até que chega o grande embate. Os jovens sequestram a empresária acreditando ser ela uma alienígena.
Nós, como espectadores, ficamos que nem ela: pasmos ao ouvir o discurso dele. De que ela fala e age como uma humana, mas ele sabe que não é verdade. E isso me levanta algumas questões. Por exemplo, quantas pessoas acreditam cegamente em coisas lidas em páginas de rede social na internet e não verificam a origem se aquilo é confiável ou não. Minha questão não é nem da existência ou não de vida fora da terra. Mas o quão prejudicial uma informação falsa pode ser ao ponto de gerar um estrago gigantesco.
Esse é um longa que passeia por diversos gêneros como ação, comédia, suspense. Que deixa o espectador preso à poltrona, querendo entender e saber aonde ele vai chegar. Levanta algumas questões muito pertinentes sobre trabalho abusivo e crenças cegas e sem fundamento. Ao mesmo tempo que te entretêm, também nos faz questionar sobre como estamos nos tempos atuais.
Até que chega o segundo e o terceiro ato, dos quais não posso entrar em detalhes por motivos de: spoiler. Só sei que o diretor conseguiu me prender na sala de projeção até os créditos finais. Que filme incrível, com atuações muito boas e uma fotografia linda. Definitivamente é algo para se apreciar em uma boa sala de cinema.
Por hoje é isso meus queridos e espero vocês no nosso próximo encontro. Um abraço, Thi.
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