

Olá, meus terrorzinhos! Como estão? Estamos com uma demanda de filmes de terror alta esse ano, hein. Prepare seu kit de mergulho, boias e coletes salva-vidas e vem comigo conversar sobre “Animais Perigosos” (Diamond Films, 2025). O que dizer desse longa? Acho que eu fui com a expectativa errada, achando que seria algo no tom de “Tubarão” (Universal Pictures, 1975), mas é uma narrativa diferente.
Não vou bater na tecla de “qual a dificuldade dos estúdios produzirem um trailer sem resumir o filme?”. Poxa, gente… Aí dificulta meu trabalho em não dar spoilers. Vamos fingir que a gente não sabe quase tudo previamente? Aliás, desde o início o filme toma algumas atitudes que você abraça, entra na onda dele e se diverte, ou você se questiona o tempo todo e a diversão vai embora. Então vamos aproveitar disso tudo, segura na minha mão e fecha os olhos (risos).
Tubarões ou outra ameaça?
Comentei no início que fui com a expectativa errada. Mas isso não quer dizer que foi decepcionante. Os tubarões não são os protagonistas da história. Temos outros “animais perigosos”. Vamos conhecer um homem obcecado por esses peixes cartilaginosos e que faz o uso de “iscas” bem peculiares para alimentá-los. O que tira um pouco o medo e a tensão pelos tubarões em si.
Sabe o convite que o filme te faz pra abraçar ele? Então, logo no início, temos dois jovens. Eles escolhem deliberadamente não acompanhar seus amigos na ida ao parque aquático. E vão sozinhos, sem avisar ninguém, nadar com tubarões. Tudo isso nos minutos iniciais. Então você tem duas opções: ou você aceita e se diverte ou passa o tempo todo questionando as ações dos personagens.
“Thi, o filme é ruim?!” Bom, depende de por qual ótica você vai assistir. Nas redes sociais, até comentei ele não te ofende. Mas se você entrar na história, se diverte. Tem algumas coisas que me incomodam. Por exemplo: você captar logo de cara – “olha só, duas pessoas completamente opostas; será que vão se amar em menos de 24 horas de convívio?”. Ou então, quando você vê a personagem insistindo na mesma atitude, sem parar. Tinham momentos que eu ficava “gata, eu entendo que você está nessa situação, mas continuar batendo nesse ferro por longos minutos seguidos não vai adiantar nada”.
Acredito que nossa régua subiu muito quando assistimos ao clássico “Tubarão”. O Spielberg consegue te deixar tenso e com medo de um ser que nem aparece tanto em tela. Dá pra entender? A construção de tensão naquele filme é absurda. O que faz, infelizmente, que qualquer outro filme do gênero que venha posterior a ele, tenha esse comparativo.
Nesse caso, não é um filme de tubarão. Até porque, quando eles aparecem de fato, a gente não fica com tanto medo assim. Inclusive, em um determinado momento em que ele aparece, não consegui segurar na mão do filme. Suspensão de descrença tem limite também. Os produtores tentaram fazer uma grande cena com um tubarão de CGI… Assim também não, né!
Vale o ingresso?
Mas é um bom entretenimento. Diferente de outros do gênero em que olhei no relógio para ver quanto tempo ainda restava de filme. Ou que você fica naquela sensação de que não acaba nunca. Ele entretém na medida certa. Vale o ingresso? Aí já é uma questão mais delicada. É dia de meia entrada? Tá a fim de assistir um serial que usa seres humanos de isca? Aí sim vale a pena.
“Animais Perigosos” é um terror que mostra que nem sempre o tubarão é o vilão da história. Às vezes, ele está tranquilo na dele e seguindo seus instintos. O ser humano consegue, sim, se tornar o animal perigoso. A obsessão do cara é tamanha que chega ser assustadora. Quando ele captura uma nova isca você já fica com a sensação “pronto, mais uma que vai virar camiseta da saudade”. O terror acontece no barco, onde a “isca” não tem pra onde correr ou pra quem pedir socorro.
Bom é isso meus queridos, quero saber de vocês. Vão ir assistir? Conversa com a gente, quero saber o que acharam. E até nosso próximo papo sobre cinema. Tem mais novidades chegando nas telonas. Um abraço do Thi!
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