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CRÍTICA DE CINEMA

"A Longa Marcha": a caminhada de renovação da esperança ou submissão cega?

Baseado em romance de Stephen King, filme mistura reality show, violência extrema e obediência cega em futuro distópico

Crédito: Paris Filmes / Divulgação
Crédito: Paris Filmes / Divulgação
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Meus caros, que filme foi esse? É assim que eu estou depois de ter assistido a “A Longa Marcha: Caminhe ou Morra” (Paris Filmes, 2025). Um filme brutal – acredito que no sentido literal da palavra. Temos aqui mais um longa baseado em um romance de Stephen King. O que chega ser um forte contraste, porque dias antes assisti “A Vida de Chuck”, um filme lindo e emocionante. Agora, esse filme vai para um outro extremo.

A premissa desse longa parece simples, mas se você parar para analisar as camadas você percebe que as coisas não são simples assim. Estamos falando de um futuro distópico, em que os Estados Unidos vive sob um regime autoritário. E numa forma de manter viva a “esperança” das pessoas, anualmente um grupo de jovens é escolhido para paticipar da Longa Marcha. Alvos do espírito ufanista d’O Major, eles partem em uma caminhada.

Seu objetivo: ser o grande vencedor. Seu desafio: caminhar initerruptamente até só restar você.

Bom, já aviso: esse filme é bem violento. Algo que venho percebendo em alguns filmes recentes é o tempo que leva até aparecer o letreiro com o título. No caso de “Invocação do Mal”, parecia que o filme realmente tinha começado e esqueceram do letreiro. Até que, quase vinte minutos depois, ele aparece. Em “A Longa Marcha”, acontece a mesma coisa. Porém de uma forma muito bem trabalhada. O espectador entende o tom do filme.

O que nos espera nessa caminhada?

No decorrer da trama, conhecemos de uma forma geral os personagens, que nos levantam algumas questões sobre os “benefícios” de se participar dessa caminhada. É como se o filme nos falasse:você já se acomodou? Então aqui vai um resumo. Agora, instigue-se, se prenda — e prepare-se para o impacto. Com um corte seco, surge o letreiro. É tudo tão sutil e rápido que te deixa uns segundos com o sentimento de “o que é que eu vou assistir aqui?” E aí, sim, o filme começa de verdade.

Assim como em “A Vida de Chuck”, o filme consegue pegar algo simples e desenvolver muito. Você vai basicamente ver pessoas caminhando durante o filme? Sim, mas ele consegue te comover. Consegue fazer com que a gente se apegue aos personagens, que a gente entenda suas histórias e motivações. Te faz até mesmo questionar sobre a nossa realidade.

A que custo nós fazemos as coisas em troca de visualizações e likes? Importante destacar: toda essa caminhada é televisionada. É como se fosse um grande reality show para renovar a esperança do povo americano. Consegue perceber o quão brutal, visceral e calculista esse longa consegue ser?

Reflexões depois dos créditos

Saí da sessão — e ainda estou escrevendo com esse sentimento — pensando: o que foi que eu assisti? Só mais um filme de ação e violência? Uma grande crítica social? O que foi isso? São esses os questionamentos — ou até mesmo outros — que espero que você também tenha ao assistir.

Marquem a gente nas redes sociais, comentem o que vocês acharam do filme. Mas de novo, se você for muito sensível a violência eu não recomendo.

Meus queridos, espero vocês no nosso próximo encontro. Se cuidem, tomem boas decisões, sempre respeitando uns aos outros. A caminhada é importante? Sim, mas a gente nunca chega em lugar nenhum sozinhos.

Um abraço do Thi e até mais.

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