FOFINHO E DIVERTIDO

"A Casa Mágica da Gabby: O Filme" é diversão para crianças e adultos

Eu – como jovem adulto, mas com uma alma infantil ainda viva – consegui me divertir e dar boas risadas durante o filme

Crédito: Universal Pictures / Divulgação
Crédito: Universal Pictures / Divulgação
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Eu confesso que depois da minha última experiência com um “filme de animação”, fui com um leve receio para essa cabine. Porém, meus queridos, tive uma grata surpresa! Queiram me desculpar, onde deixei minha educação?! Como estão todos? Preparados para mais uma conversa mágica e divertida sobre cinema? Então coloque suas orelhas de gatinho e vem comigo para falarmos sobre “A Casa Mágica da Gabby: O Filme” (DreamWorks/Universal Pictures, 2025).

Como é bom ver um filme voltado ao público infantil de qualidade! Depois de “Zoopocalipse”, fiquei com medo de que as novas produções destinadas aos nossos pequenos fossem ser assim, tão vazias. Entendo que um filme destinado ao público infantil tem uma linguagem e uma didática própria. E “A Casa Mágica da Gabby: O Filme” faz isso muito bem. Um longa que conversa com as crianças e entretém os adultos.

Temos um exemplo de um filme que sabe com quem ele está lidando. Ele usa das mais diversas formas para entreter, transmitir mensagens de uma forma lúdica e divertir a quem assiste. E, no final, você sai da sessão cantarolando as músicas, com a sensação de que teve uma “injeção de alegria” e até se sentindo mais leve.

Quebra da quarta parede

Um diferencial que esse longa tem é de, literalmente, conversar com o espectador. O que de início gera uma estranheza. Mas, talvez, é por não ter tido essa forma de conteúdo na minha infância. Entendo que nos tempos de hoje tudo, incluindo as animações, tiveram que passar por uma repaginada. Desenhos que conversavam comigo quando criança, talvez não peguem o público atual. Venho percebendo que diversos desenhos têm personagens que quebram a quarta parede e conversam diretamente com quem assiste. E funciona, isso atrai e mantém a atenção dos pequenos.

É por isso que digo: o filme conhece o seu público e vai usar das mais variadas formas de manter sua atenção, entregando um produto de qualidade. Realmente eu não sabia o que era “A Casa Mágica da Gabby”, até porque se soubesse teria ido com minhas orelhas de gatinho, pegava na mão do Pandy e não soltava mais (risos). O filme é uma explosão de cores, onde a imaginação literalmente ganha vida. Agora, te pergunto: qual criança ao chegar na sessão, ver a Gabby olhar diretamente a ela e convidar para uma aventura não vai ficar feliz e pronto para uma aventura?

O longa se preocupa nos mínimos detalhes em proporcionar uma grande experiência aos pequeninos. Diálogos de fácil entendimento, personagens bem construídos, melodias ou músicas marcantes. Dá pra ver que o estúdio fez o dever de casa em não produzir qualquer coisa só para tirar dinheiro. É interessante perceber que não temos um vilão na história… Ops, isso talvez seja um spoiler. Mas é algo que achei uma ótima sacada. Ele sai do clichê dos filmes que basicamente é o herói contra o vilão. É fica tudo muito bem amarrado.

É preciso ver as coisas com um pouco mais de cor

E eu – como jovem adulto, mas com uma alma infantil ainda viva – consegui me divertir e dar boas risadas durante o filme. Não por ele ser um longa “bobinho”, mas por ser realmente divertido. Consigo ver que a mensagem principal não era direcionada para mim, mas também consegui perceber algumas reflexões interessantes para os “grandinhos”. Afinal, quem disse que ser adulto precisa ser tudo em tons de cinza? Às vezes, soltar a imaginação e ver as coisas com um pouco mais de cor deixam o mundo um pouco melhor.

Se você é próximo de alguma criança, leve-a ao cinema. É uma experiência diferente, onde ela realmente vai poder se divertir, cantar e dançar com os personagens. E você, que for acompanhar, deixe de ser um adulto ranzinza. Resgate sua criança interior e se diverta junto. E se, não souber como fazer, não tem problema. Deixe que a Gabby e seus amigos te ensinam: aperta a esquerda, aperta a direita pega a mão do Pandy e não solta mais. Pronto: você ficou pequeno novamente e vai se divertir junto com as crianças.

Hoje encerro nossa conversa com um grande sorriso. Feliz de que filmes de qualidade estão sendo feito para os pequenos – e não algo que parece ter saído de uma inteligência artificial só pra ganhar dinheiro sem fundamento. Um grande abraço do Thi (usando minhas orelhas de gatinho). 🐱