
Hello amantes da sétima arte! Vamos para mais uma conversa sobre cinema? Hoje, um lançamento de terror que me fez sair da sala com aquele “quentinho” de assistir um filme bom. Que não se baseia em sustos gratuitos, ou tentar criar um clima de falsa tensão. Onde todas as peças se encaixam no final – o que não necessariamente gera um plot twist mirabolante. O que eu classificaria, carinhosamente, “de simples e bem feito”.
Em “A Hora do Mal”, de Zach Cregger, vamos encarar um mistério: sem nenhum motivo aparente, todas as crianças da mesma sala de aula, exceto uma, saem de suas casas na madrugada em direção a escuridão. E desaparecem. Não temos sinal de arrombamento ou sequestro. E ficamos com essa grande questão: o que ocorreu naquela noite? Os pais querem respostas. A professora está por trás de algo? As autoridades vão conseguir resolver esse mistério?
Uma das coisas que mais gostei foi que, tanto no trailer quanto nas sinopses oficiais, nós temos apenas o que precisamos. Não vamos ver um compacto do filme. Tudo que recebemos, assistimos nos minutos iniciais de tela. O que dificulta meu trabalho em não dar spoilers.
Te concentra em assistir
Mas vamos lá, lembram o que comentei do filme “Juntos”? Que tentamos montar o quebra cabeças logo de início? Em “A Hora do Mal”, cada grupo de peças que recebemos parece não fazer sentido. Tentamos encaixar, mas elas não batem. E é justamente isso que a narrativa do filme quer. Você não precisa encaixar as peças, basta assistir. É como se o filme nos falasse “deixa o quebra cabeças aí no canto e no final você vai entender”.
Ao longo dos anos, nos acostumamos com uma fórmula batida dos filmes de terror. Nos primeiros minutos um personagem se sobressai de tal maneira que desconfiamos que ele vai ser o “vilão”, e – adivinhem – era mesmo. Ou trailers que querem mostrar tanto do filme, que acabamos assistindo um resumão em dois, três minutos. Perde toda a emoção, sabe?
Em “A Hora do Mal”, há uma profunda quebra de expectativas. Tudo o que nos foi entregue no trailer acontece na introdução do filme. E, a partir daí, é um “passo no escuro”, por assim dizer. As peças começam a se encaixar apenas no terceiro ato. Mas, mesmo assim, ficamos com aquela sensação de “como tudo vai se solucionar?” E, posso afirmar, com gratidão, que não fica nenhuma peça solta no final.
Tu vai saber de tudo
Outra coisa que o filme faz conosco é uma segunda quebra de expectativas, mas de uma forma positiva. Estamos acompanhando a perspectiva da história pelo ponto de vista de um personagem. Quando estamos prestes a descobrir algo, o filme nos tira dessa situação para uma nova perspectiva de outro personagem. Isso incomodou no início. Meu lado ansioso queria saber o que ia acontecer. Até que entrei na onda do filme – o que foi a melhor escolha.
Ele consegue construir um clima de mistério e tensão sem fazer o usufruto de sustos gratuitos com a trilha sonora alta no final. Ficamos ansiosos com o que está acontecendo em tela, sentimos medo pelos personagens e angustiados com eles e se perguntando “o que está acontecendo aqui”.
Aos amantes de um bom filme de suspense e terror “A Hora do Mal” é uma excelente escolha. Tem tempos que eu não saia da sala de cinema assim. Um respiro no gênero que não é “mais do mesmo”, apesar do título versão brasileira genérico. O nome no original, “Weapons”, faz mais jus ao filme do que a adaptação. Quando você assistir vai me entender.
Por isso é hoje gente, quero saber depois de vocês o que acharam deste filme. E não deixem de nos acompanhar nas redes sociais para saber mais sobre os lançamentos do cinema. Um abraço do Thi.