CULTURA

Cinemateca Capitólio exibe “Anhangabaú” em sessão gratuita da Bienal do Mercosul

Longa premiado será exibido dia 13 de maio na programação da Bienal do Mercosul em Porto Alegre

Zé Celso Martinez Corrêa em Anhangabaú de Lufe Bollini - Foto: Paola Alfamor/Elixir Entretenimento
Zé Celso Martinez Corrêa em Anhangabaú de Lufe Bollini - Foto: Paola Alfamor/Elixir Entretenimento

Cinemateca Capitólio (R. Demétrio Ribeiro, 1085, Centro Histórico de Porto Alegre), em Porto Alegre, recebe na terça-feira (13), às 21h, uma sessão especial da Bienal do Mercosul. Haverá exibição de “Anhangabaú”, de Lufe Bollini. A entrada é gratuita (sujeita à lotação da sala).

A produção gaúcha passa junto com “A Queda do Céu”, de Eryk Rocha, e “João de Una tem Boi”, de Pablo Monteiro. Os filmes também trazem a temática de lutas por território, memória e re-existência, que terão projeção a partir das 19h.

O filme recebeu premiação no Festival de Gramado com o Kikito de melhor documentário de longa-metragem nacional, prêmio da crítica de melhor filme no 14º Festival Internacional de Cinema em Balneário Camboriú, e no Festival de Cinema da Fronteira como melhor montagem.

A produção do longa é da Elixir Entretenimento, do produtor Denis Feijão, a Kino-Cobra Filme e a Fogo no Olho Filmes. E em maio, “Anhangabaú” concorre ao Prêmio ABC 2025 de melhor Som de longa-metragem documental.

Luta por território

A produção acompanha três experiências distintas na cidade de São Paulo em confronto com os impactos da transformação urbana. A comunidade Guarani Mbya, lida com as pressões do crescimento da cidade. No centro, a Ouvidor 63 se consolida como a maior ocupação artística da América Latina. No Bixiga, o Teatro Oficina Uzyna Uzona, com a presença de Zé Celso Martinez Corrêa (1937-2023), mantém viva uma das mais potentes arquiteturas cênicas do país, ameaçada por projetos imobiliários vizinhos.

Inspirado por uma narrativa polifônica, o filme articula o cotidiano dessas comunidades, revelando uma São Paulo pulsante onde o direito à cidade, à arte e ao meio ambiente se chocam e se entrelaçam. O filme conta com diversos expoentes da cena artística paulistana como Laura Dias, Jonnata Doll e Os Garotos Solventes, Persie e Verônica Valenttino. 

A sessão contará com a presença da equipe do Anhangabaú, com Lufe Bollini, diretor e montador, Rafael Avancini, diretor de fotografia e produtor, Nicolas Collar câmera e assistente de produção, e Gustavo Avancini, assistente de produção, para uma conversa após a sessão.

O filme tem roteiro de André Luís Garcia e produção executiva de Denis Feijão e Rafael Avancini. “Anhangabaú” deixa o questionamento. Que tipo de cidade queremos deixar para as próximas gerações: opressão, cimento e especulação imobiliária ou parques ecológicos, espaços de convivência popular e preservação?