O governo do Estado deu a largada, na manhã deste sábado (16), nos Festejos Farroupilhas 2025. A 76ª Geração e Distribuição da Chama Crioula, em Caxias do Sul, marcou o início das celebrações e contou com a participação do governador Eduardo Leite.
A cerimônia, promovida pelo MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) com apoio da Sedac (Secretaria de Estado da Cultura), ocorreu no Parque de Eventos da Festa da Uva. Participaram os secretários da Cultura, Eduardo Loureiro, e de Turismo, Ronaldo Santini, além do prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico.
A solenidade reuniu cerca de 1,5 mil cavaleiros, representantes das 30 RTs (Regiões Tradicionalistas). Eles partem em cavalgadas distribuindo a centelha da chama para todos os CTGs do Rio Grande do Sul. Um dos trajetos mais longos, até a 4ª RT, na Fronteira Oeste, pode levar até 30 dias. No dia 14 de setembro, uma dessas centelhas vai acender o candeeiro do Palácio Piratini, dando início à Semana Farroupilha.
A chama crioula
Reconhecida oficialmente como patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul, a Chama Crioula é um dos símbolos mais significativos da identidade gaúcha. Sua primeira geração ocorreu em 7 de setembro de 1947, quando um grupo de jovens tradicionalistas, liderado por Paixão Côrtes, retirou uma centelha da Pira da Pátria, em Porto Alegre.
Mais do que um ritual, a Chama Crioula representa a continuidade histórica e o compromisso das gerações com a preservação da cultura gaúcha. O objetivo é conectar passado e presente, inspirando comunidades a manterem vivas as raízes que moldam a identidade do Rio Grande do Sul.
Conforme a tradição gaúcha, a Chama Crioula será mantida acesa até o final da Semana Farroupilha em vigílias de 24h por dia nas entidades tradicionalistas.
Festejos Farroupilhas 2025
Em 2025, o tema escolhido pela Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas é “Ondas curtas para uma história longa – O centenário de Darcy Fagundes e os 70 anos do Grande Rodeio Coringa”. A escolha do tema destaca o papel da mídia na preservação e valorização das tradições regionais.
O patrono da edição é o engenheiro agrônomo, jornalista, escritor e artista plástico Mário Barboza de Mattos. Ele teve reconhecimento por sua atuação na consolidação do MTG e por ser um dos fundadores do 35 CTG, o primeiro Centro de Tradições Gaúchas. A homenagem reforça o vínculo entre memória, arte e identidade regional, celebrando figuras que contribuíram significativamente para a construção e perpetuação da cultura do Estado.