VITÓRIA DO BRASIL!

"Ainda Estou Aqui" vence o Oscar de Melhor Filme Internacional

Filme dirigido por Walter Salles consagra o Brasil na premiação do cinema mundial.

Crédito: Sony Pictures, Globoplay / Divulgação
Crédito: Sony Pictures, Globoplay / Divulgação

O cinema brasileiro fez história neste domingo (2). O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, venceu a categoria Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Trata-se da principal premiação do cinema mundial, realizada no Teatro Dolby, em Los Angeles (EUA).

Walter Salles subiu ao palco para receber a estatueta. “Estou tão honrado em receber esse prêmio nesse grupo tão extraordinário de cineastas. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime autoritário, decidiu não se dobrar e resistir”, disse o diretor Walter Salles durante seu discurso de agradecimento.

“Esse prêmio vai para ela, o nome dela é Eunice Paiva. Para ela. E vai para as duas mulheres extraordinárias que deram vida a ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro“, apontou.

“Ainda Estou Aqui” disputava o troféu com “A garota da Agulha” (Dinamarca), “Emilia Pérez” (França), “A semente do fruto sagrado” (Alemanha) e “Flow” (Letônia). A categoria teve apresentação da atriz Penélope Cruz.

A obra, inspirada no livro de Marcelo Rubens Paiva, retrata a vida de Eunice Paiva, mãe de cinco filhos que enfrentou a ditadura militar após o desaparecimento do marido, o ex-deputado Rubens Paiva. Com um roteiro forte e atuações marcantes, o longa conquistou a crítica e o público, garantindo o reconhecimento da Academy of Motion Picture Arts and Sciences.

Com essa conquista, o Brasil recebe seu primeiro Oscar da história. Em 1959, “Orfeu Negro” coprodução franco-brasileira também levou a estatueta. Mas a Academia creditou a produção apenas para a França.

Discurso de Walter Salles

Muito obrigado, em nome do cinema brasileiro. Estou tão honrado em receber esse prêmio nesse grupo tão extraordinário de cineastas. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime autoritário, decidiu não se dobrar e resistir.

Esse prêmio vai para ela, o nome dela é Eunice Paiva. Para ela. E vai para as duas mulheres extraordinárias que deram vida a ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.

Tom Bernard, Michael, vocês são os melhores. Muito obrigado por isso. É uma honra incrível.