O estudante de medicina preso na terça-feira (19) por prática de crime de pedofilia foi preso novamente hoje (21). Ele havia sido liberado do DECA (Departamento Estadual da Criança e do Adolescente), da Polícia Civil, após pagar fiança de R$ 20 mil.
A nova prisão ocorre após pedido de prisão preventiva do acusado, que foi detido hoje pela manhã pela equipe do Departamento da Criança e do Adolescente. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública de Porto Alegre, novo nome dado pelo governo do Estado ao Presídio Central.
O estudante de 27 anos, que cursava o sétimo semestre, foi preso no centro obstétrico de um hospital da Capital. O nome do acusado e da instituição onde ele trabalhava estão sob sigilo para não constranger os funcionários.
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Conforme o MP (Ministério Público), a prisão do homem é o desfecho de um caso chegou à Promotoria da Infância e da Juventude de Porto Alegre há cerca de 15 dias. A investigação começou em São Paulo, depois que o pai de um menino de 10 anos encontrou no computador da criança uma troca de conversas entre o filho e um homem.
Durante a investigação, a polícia paulista descobriu um perfil falso e, na sequência, chegou à identidade do estudante. Em seguida, encaminhou o caso ao MP do Rio Grande do Sul, que continuou as investigações, que resultaram, hoje, na prisão do acusado em flagrante.
Computador tinha 12 mil imagens de pedofilia
Com o homem, foi apreendido um computador usado para o compartilhamento das imagens de crianças molestadas sexualmente. Segundo análise de peritos do IGP (Instituto-Geral de Perícias), o dispositivo tem, ao menos, 12 mil imagens de crianças e adolescentes em situação de pornografia. Outros dispositivos eletrônicos do acusado foram apreendidos para a realização de perícia em busca de outras atitudes criminosas.
No pedido de prisão temporária a Polícia Civil diz que ele praticou o crime de “adquirir, possuir ou armazenar fotografia com cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”, além de “aliciar, assediar, instigar ou constranger criança com o fim de com ela praticar ato libidinoso”. Segundo determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), ele pode ser preso por até sete anos se receber as penas máximas.