O grupo Gamp (Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública) é alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul. O grupo é suspeito de desviar recursos da saúde pública de Canoas, na região metropolitana, superfaturamento e peculato.
Na análise do MP, o Gamp, se vendia como uma entidade assistencial sem fins lucrativos. No entanto, se trata de uma típica organização criminosa voltada para a prática de inúmeros delitos. Entre os crimes cometidos estão peculato e lavagem de dinheiro, entre outras fraudes que esvaziam os cofres públicos.
Na decisão judicial que autoriza a operação, o juiz responsável destaca o fato de que o Gamp anunciou, em novembro, o cancelamento de consultas eletivas e atendimento e que apenas iria atender casos de urgência e emergência. Os atendimentos no HPSC (Hospital de Pronto Socorro de Canoas) e HU (Hospital Universitário) foram restritos sob a alegação de “falta de repasses da Prefeitura e do Estado”.
No entanto, as investigações sugerem que isso não seria necessário se não tivessem ocorrido sistemáticos e milionários desvios de valores da saúde de Canoas em benefício dos suspeitos.
Entenda como ocorria a fraude na saúde de Canoas
Na operação de hoje, desencadeada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado), quatro mandados de prisão preventiva contra quatro pessoas ligadas ao Gamp. Três pessoas foram presas.
Dois agentes públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Canoas foram afastados de suas funções pelo período de 120 dias.